Kubitschek Pinheiro
A juíza Maria de Fátima Lúcia Ramalho, titular do 6º Juizado Especial Cível da Capital, vai receber no próximo dia 14, a Medalha do Mérito Jurídico Tarcísio de Miranda Burity. Será às 15h, no plenário da Casa de Epitácio Pessoa. A medalha é uma das maiores comendas da Assembleia Legislaria da Paraíba e é destinada às personalidades que têm saber jurídico e se destacam no seu trabalho no judiciário. A propositura é do deputado Jeová Campos.
Para a juíza, a escolha do nome da medalha, que mantêm viva a memória do saudoso governador Tarcísio de Miranda Burity foi da maior importância. “Vejo com a grandeza que foi o Dr Tarcísio Burity, um homem culto e preparado, era erudito, amava e apoiava as artes, talvez a paraíba nunca vá compreender a sua grandeza”, resume.
“Estou feliz pela certeza do dever cumprido, regozijada por ter sido escolhida em meio a tantas personalidades paraibanas e agradecida ao deputado Jeová e a Assembleia Legislativa, por me permitirem fazer parte de tão seleto grupo”, pontuou a magistrada.
O deputado Jeová destaca os méritos da juíza Lúcia Ramalho, em sua propositura. “Lúcia de Fátima é uma juíza que representa a Paraíba e desenvolve um trabalho que merece todas as homenagens. Quando assumiu a comarca de Cajazeiras fez um trabalho brilhante junto as comunidades ”, revelou Jeová Campos.
Segundo a magistrada, Cajazeiras foi sua escola na Magistratura. “Naquela comarca fiz um trabalho com a comunidade privada de liberdade no qual envolvemos o poder público, a classe empresarial, a igreja e a sociedade em geral plantei uma semente cuja árvore vem dando frutos até hoje”, disse Lúcia Ramalho.
A semente a que ela se refere está no Projeto de Resolução apresentado pelo deputado Jeová Campos, a Assembleia da PB. Como juíza de direito da comarca de Cajazeiras, ela implantou o projeto pioneiro Conselho da Comunidade focado na ressocialização dos apenados, fazendo funcionar efetivamente esse Conselho até hoje.
O projeto ligou toda a comunidade nas atividades, desde a classe empresarial que absorve o trabalho dos apenados, que deixam a prisão e a sua reintegração com a sociedade.
“De fato, só se faz ressocialização de apenados se toda sociedade se envolver e foi isso que conseguimos fazer em Cajazeiras. Chamamos o poder público e o empresariado para oferecerem empregos aos egressos da prisão, porque se ao sair do cárcere, o cidadão não tiver esse apoio com um trabalho, a probabilidade de voltar a delinquir é bem maior”.
Com trinta anos na magistratura, a juíza é sertaneja, nasceu em São José de Piranhas, tem vasto curriculum na área jurídica, graduada em Direito, com aprimoramentos de cursos no exterior, e foi aprovada em quinto lugar no concurso para Juiz Substituto do Estado da Paraíba, sendo nomeada em 30 de março de 1992.
Parabéns, a juíza muito relevante o mérito, em especial por ser mulher e pelos projetos em prol de uma sociedade mais justa.
Fátima Ramalho Guedes