Baseando-se em dados estatísticos, a deputada estadual Camila Toscano, do PSDB, lamentou que no primeiro semestre de 2022 a Central de Atendimento do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos tenha registrado 31.398 denúncias e 169.676 violações envolvendo a violência doméstica contra as mulheres. O número dos casos de violações aos direitos humanos de mulheres são maiores que as denúncias recebidas, pois uma única denúncia pode conter mais de uma violação de direitos humanos – alertou ela, que se manifestou por ocasião do Dia do Laço Branco, ontem, data que marca a mobilização nacional dos homens pelo fim da violência contra as mulheres.
Camila Toscano tem como principal bandeira de luta do seu mandato o combate à violência contra mulheres e aproveitou para enfatizar a Lei 11.525/19, de sua autoria, que institui o Programa Tempo de Despertar, que trata sobre a reflexão, conscientização e responsabilização dos autores de violência doméstica e grupos reflexivos de homens. Conforme a deputada, a lei foi inspirada em legislação já em vigor em São Paulo, que reduziu a reincidência de atos de agressão contra mulheres. Ela afirmou que é preciso criar uma rede de proteção e cuidado com a mulher, mas é necessário também um olhar para o agressor, pois caso ele não passe por um trabalho de reflexão, ele vai voltar a agredir. “Esse programa promoveu uma queda da reincidência, de 65% para 2% e é isso que queremos para a Paraíba”, frisou.
Dentro do processo de combate à violência contra a mulher, a deputada também defende a realização de trabalho nas escolas sobre as agressões. “Precisamos ensinar a nossos filhos que não é correto bater em mulher e que não existe diferença entre gêneros. Só vamos promover transformações a partir dessa mudança, dessa nova visão, dessa nova forma de educar”, expressou. A deputada colaborou nacionalmente na formulação de políticas públicas para o segmento através da União dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale).