O governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), que foi eleito no último dia 8 como novo presidente do Consórcio Nordeste, afirmou ao UOL que espera uma retomada das “relações republcianas” entre o governo federal e os Estados, com a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Nesse curto período, já tivemos mais oportunidades de conversar com o presidente Lula. Ele nos ouviu mais que Jair Bolsonaro em quatro anos”, disse Azevêdo. O Consórcio Nordeste se posicionou como adversário de Bolsonaro, principalmente durante a pandemia de Covid, como revela o colunista do UOL Carlos Madeiro.
João Azevêdo ressaltou que o Nordeste “não teve a devida atenção exatamente pela posição política que adotou em 2018”. Do mesmo partido do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin, João fala que espera mais avanços da região a partir de 2023 e cita o turismo e a produção de energias renováveis. “O Nordeste não pode ser visto como aquele de 50 anos atrás. Somos uma região que gera riqueza muito grande”. O consórcio teve função importante enquanto órgão colegiado que permite uma troca de experiências muito grande. A cada momento, ele atuou de forma diferente. Na pandemia, foi fundamental para nortear ações e criou-se o comitê científico com pessoas de alto nível, auxílio de todas as universidades, que deu suporte técnico aos Estados e isso levou a região a ter a menor taxa de mortalidade de covid-19.
Também houve a criação do escritório de negócios, projetos em conjunto, apresentação no exterior de riquezas e potencialidades da região nordestina. Azevêdo prevê que em janeiro deve haver uma reunião com todos os governadores reeleitos e novos “para a gente definir de forma colegiada e consensual os caminhos que o consórcio precisa trilhar em 2023, dentro da nova relação que se estabelece. Ao mencionar as dificuldades enfrentadas pelo Nordeste, João frisou que a Paraíba, mesmo com a nota A do Tesouro Nacional e com uma gestão financeira e fiscal estável, não conseguiu empréstimos com entidades financeiras nacionais. “Não conseguimos uma assinatura da Caixa Econômica, embora tenhamos conseguido empréstimos junto ao Banco Mundial e o BID-Banco Interamericano de Desenvolvimento, que têm nível de exigência maior.