O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) começou o primeiro ano de seu terceiro mandato no Palácio do Planalto com o apoio de 11 governadores. Em contrapartida, tem a oposição de 14 líderes estaduais. A maioria dos aliados do petista administra Estados nordestinos. Foi na região que Lula teve seu melhor desempenho nas eleições de 2022: recebeu 66,76% dos votos válidos no primeiro turno e 69,34% no segundo turno, derrotando o então presidente, Jair Bolsonaro (PL), que se tornou o primeiro, na história recente do país, a não ser reconduzido ao posto.
Dos nove governadores do Nordeste, oito apoiam o novo presidente da República na largada: Alagoas – Paulo Dantas (MDB), Ceará – Elmano de Freitas (PT), Bahia – Jerônimo Rodrigues (PT), Maranhão – Carlos Brandão (PSB), Paraíba – João Azevêdo (PSB), Piauí – Rafael Fonteles (PT), Rio Grande do Norte – Fátima Bezerra (PT), Sergipe – Fábio Mitidieri (PSD).
Os governadores do Pará (Helder Barbalho, do MDB) e do Amapá, Clécio Luís, do Solidariedade, são os dois aliados de Lula na região Norte. Já Renato Casagrande (PSB) no Espírito Santo é o único do Sudeste a apoiar o petista. Durante o segundo turno, Lula teve a oposição de três governadores da região com maior concentração de eleitores no país: Minas Gerais – Romeu Zema (Novo), Rio de Janeiro – Cláudio Castro (PL) e São Paulo (Tarcísio de Freitas, Republicanos). Só dois governadores ficaram neutros durante a eleição: a pernambucana Raquel Lyra e o gaúcho Eduardo Leite, ambos do PSDB. Lula, no entanto, prometeu ainda na pré-campanha convidar no início do mandato os 27 novos governadores para uma reunião.
Disse que quer entender as prioridades em setores essenciais da administração pública. “Se eu ganhar as eleições, a primeira coisa que quero fazer é reunir os 27 governadores, para entender o que é prioritário na área da educação, da saúde, da infraestrutura em cada Estado”, escreveu no Twitter em maio de 2022.