Em evento lotado, Marina Silva assumiu, ontem, pela segunda vez, o Ministério do Meio Ambiente, na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), condenou a gestão do ex-ministro Ricardo Salles no governo de Jair Bolsonaro e anunciou a criação de uma nova secretaria destinada a frear o desmatamento no país. Deputada federal eleita pela Rede, Marina anunciou que o Brasil deixará de ser um pária ambiental. Ela havia sido ministra de Lula entre 2003 e 2008, nos dois primeiros mandatos do petista na presidência da República.
Ao citar, no discurso de posse, políticas ambientais adotadas pela gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, Marina Silva frisou que elas foram “um desrespeito para com o patrimônio socioambiental brasileiro”. Ela fez referência à expressão “passar a boiada” usada pelo ex-ministro Ricardo Salles, quando defendeu a aprovação de flexibilizações ambientais em meio à pandemia de covid-19. “Boiadas passaram por onde deveria passar apenas proteção. Vários parlamentares se colocaram à frente de todo esse processo de desmonte”, desabafou.
E prometeu: “Vamos ter uma ação que respeita o multilateralismo, mas vamos atuar internamente para que o Brasil volte, em vez de pária ambiental, a ser o país que nos ajudar a finalizar o acordo com o Mercosul, que a gente consiga trazer os investimentos, que consiga abrir o mercado para nossos produtos, que a gente deixe de ser o pior cartão de visitas para nossos interesses estratégicos e passe a ser o melhor cartão de visita”. Também criticou o desmonte do governo anterior nos órgãos de defesa do meio ambiente. Para a ministra, os servidores tiveram “resistência” para continuar fazendo o trabalho.