O ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB) divulgou em suas redes oficiais novas medidas para combater mais uma ameaça antidemocrática feita por bolsonaristas, que marcaram ações para este fim de semana. “Além de todas as forças federais disponíveis em Brasília e da atuação constitucional do governo do Distrito Federal, teremos nos próximos dias o Auxílio da Força Nacional”, revelou Dino, ao informar ter assinado portaria autorizando a atuação, em face de ameaças veiculadas contra a ordem democrática.
Antes, o ministro já havia destacado o seguinte, também nas redes sociais: “Sobre uma suposta ‘guerra’ que impatriotas dizem querer fazer em Brasília, já transmiti as orientações cabíveis à Polícia Federal e à Polícia Rodoviária Federal, e conversei com o governador Ibaneis Rocha e com o ministro José Múcio Monteiro, da Defesa”. Dino afirmou que desde cedo de ontem estava em diálogo com os dirigentes gerais da PF e da PRF, definindo novas providências sobre atos antidemocráticos que podem configurar crimes federais. Ele foi enfático; “Pequenos grupos extremistas não vão mandar no Brasil”.
Vários ônibus com bolsonaristas desembarcaram em Brasília, ontem, para promover mais um ato antidemocrático no fim de semana. A maioria dos veículos partiu de Mato Grosso e Espírito Santo. Entre os grupos bolsonaristas, o protesto deste fim de semana está sendo tratado como uma “guerra”, tendo sido convocados, inclusive, aqueles que possuem armamentos, os Colecionadores Atiradores Desportivos e Caçadores. Os golpistas debatem, inclusive, a possibilidade de invasão do Congresso Nacional. A Força Nacional de Segurança Pública foi criada em 2004 durante o governo Lula (PT). Trata-se de um programa de cooperação entre os Estados brasileiros e o governo federal. A Força Nacional não integra as Forças Armadas. É composta por policiais militares, bombeiros, policiais civis e profissionais de perícia dos Estados. Portanto, não são funcionários do governo federal, mas agentes de segurança dos Estados, selecionados pela União. Esses agentes ficam à disposição do Executivo e podem ser cedidos por até dois anos.