A jornalista e ex-primeira-dama da Paraíba, Pâmela Bório (PSC), foi identificada como uma das bolsonaristas radicais que invadiram o Congresso Nacional no domingo, 8, em Brasília. Nas redes sociais, Pâmela postou vídeos e fotos dos participantes dos artigos antidemocráticos no gramado da Praça dos Três Poderes e, em seguida, ela própria filmou a si mesma e a outros bolsonaristas no telhado do Congresso Nacional, uma área restrita. Pâmela foi casada com o ex-governador Ricardo Coutinho (PT), com quem teve um filho, Henry, que a acompanhava em Brasília e é menor de idade. O menino é visto nas imagens feitas por ela na capital federal.
Natural de Senhor do Bonfim, na Bahia, Pâmela também é suplente de deputada federal pelo PSC na Paraíba. O portal G1 Paraíba informa que já foi investigada na Paraíba por outros procedimentos. Em 2013, quando ainda era esposa do governador Ricardo Coutinho, foi alvo de uma investigação do Ministério Público da Paraíba que apurou despesas realizadas pela Casa Civil do Estado na Granja Santana, residência oficial do governador. Uma auditoria do Tribunal de Contas havia apontado que as despesas haviam sido encomendadas por ela.
Pâmela se divorciou de Ricardo em 2015, e após o divórcio teria postado nas redes sociais textos difamatórios e inverídicos que atacavam o ex-governador. Em 2017, uma decisão judicial obrigou Pâmela a apagar as postagens e determinou que ela não citasse mais o ex-governador nas redes sociais. No ano seguinte, ela se candidatou ao cargo de deputada federal pelo PSL, então partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. Não foi eleita mas ficou como suplente. Porém, como o divórcio dela aconteceu ainda durante o segundo mandato de Ricardo Coutinho, que acabou em 2018, ela ficou inelegível. O diploma de suplente foi cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral em 2019.
Em 2019, Pâmela também se envolveu em outra polêmica, após derrubar o portão da Granja Santana, residência oficial do governador da Paraíba. Ela alegou que após entrar com o próprio carro na granja, para encontrar o filho do casal, temeu alguma agressão e saiu de maneira brusca, derrubando o portão. Ela foi absolvida do crime de dano qualificado ao patrimônio pela Justiça da Paraíba em 2019.