O senador paraibano Veneziano Vital do Rêgo (MDB), presidente em exercício do Congresso Nacional, afirmou em coletiva de imprensa, ontem, que a depender da limpeza e das condições técnicas é muito provável que já hoje, dia 10, a Casa se reúna em sessão semipresencial para analisar o decreto de intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal. Assinado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o decreto foi motivado depois que o Palácio do Planalto e as sedes do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal foram invadidas e depredadas no último domingo. Ao chamar de arruaceiros e terroristas os invasores dos edifícios, Veneziano lembrou que os danos provocados são incalculáveis e vão muito além dos prejuízos materiais.
“Tem um significado e alcança a outros que são os imateriais. É o prejuízo de se atentar contra a normalidade institucional, contra o bom funcionamento dos poderes, o de garantir que, de fato, esteja sendo exercida a plena democracia”, disse o presidente em exercício do Congresso, ao destacar ainda que os atos já vinham sendo articulados há pelo menos 60 dias após o resultado das eleições em segundo turno. Em sua rede social, Veneziano publicou imagens de visita feita ontem à noite, ao lado do presidente Lula e de governadores, ao prédio do STF, para verificar os estragos causados pelos atos de vandalismo de domingo em Brasília, praticados por terroristas bolsonaristas. “Como o próprio presidente Lula falou, não daremos trégua até que descubramos os responsaveis, inclusive os financiadores por essas atrocidades cometidas contra a democracia brasileira”, frisou Veneziano.
Para ele, a depredação aconteceu porque houve quem bancasse, apoiasse ou até mesmo fosse omisso em relação aos invasores. Por isso, Veneziano defendeu a responsabilização dessas pessoas e destacou a importância de a reação dos senadores ser afinada em torno da defesa da democracia e das instituições. “É preciso que todos nós nos irmanemos, como cidadãos que efetivamente somos. Os que fizeram os atos terroristas não são cidadãos. Eles não sabem o exercício da cidadania e o que é exigível para que esse exercício seja legitimado (…) Nós precisamos demonstrar unidade nacional para conter toda forma de violência contra as nossas instituições”, disse Veneziano.