O senador paraibano Veneziano Vital do Rêgo (MDB), vice-presidente do Senado, aposta fichas na reeleição do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) à presidência da instituição, destacando a firmeza com que ele se comportou em momentos difíceis da vida pública brasileira, além da atuação proativa como dirigente da Casa. Numa entrevista ao jornal Gazeta do Povo, Veneziano comentou que os aliados do presidente do Senado confiam na possibilidade de triunfo de Pacheco, mas mantêm os pés no chão e evitam cantar vitória antes do pleito. Rodrigo é do mesmo partido da senadora paraibana Daniella Ribeiro, que também sempre manteve boa interlocução com ele.
Na opinião de Veneziano, o atual presidente do Senado poderá repetir ou até mesmo ampliar a vtação que obteve na eleição de 2021, de 57 votos. Ele sustenta, porém, que o próprio presidente da Casa e sua base de apoio atuarão ao longo dos próximos 15 dias para consolidar votos e convencer indecisos, visando assegurar um eventual sucesso no pleito. O adversário de Rodrigo no páreo deverá ser o senador Rogério Marinho (PL-RN), ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Sobre um possível impacto dos atos de vandalismo em favor da candidatura de Pacheco, Veneziano prega respeito ao senador potiguar eleito. “É sempre bom fazer ressalvas para não termos o descuido de vincular. Não é o fato do senador Rogério ser do PL que pode sugerir que ele tenha concordado com os atos de vandalismo em Brasília. É um democrata e não tenho dúvidas de que ele, como todo e qualquer cidadão que tenha bom senso, independente de posições políticas e partidárias, deve ter rechaçado os lamentáveis episódios do último dia 8”, frisou.
Veneziano acredita que o perfil de Pacheco e o trabalho conduzido por ele podem ser determinantes para o resultado. “É evidente que há o elemento olítico que se leva em consideração na escolha dos posicionamentos de cada partido e de cada grupamento partidário, mas também eu não posso desconhecer que o eleitor e o senador e a senadora considerarão a postura de quem conduziu a Casa, e Rodrigo conduziu a Casa com firmeza e competência de poder”, afirma. Veneziano enalteceu Pacheco pela vigilância em temas como a confiança do processo eleitoral, no que diz respeito à defesa das urnas eletrônicas e considera que, legislativamente, teve a competência de dar dinâmica à Casa na deliberação sobre matérias importantes. “São diversas as matérias, mesmo num período em que nós tivemos a pandemia, com as limitações de um trabalho eminentemente presencial. Mas a presidência soube administrar e avançamos nas pautas enfrentadas, fossem estas de iniciativa parlamentar ou do Executivo”.
O senador destacou que a definição do MDB pela primeira vice-presidência, em caso de vitória de Pacheco, atende ao critério da proporcionalidade na ocupação da Mesa Diretora e admitiu que seu nome está à disposição. “Não nego a nossa postulação, mas não é uma decisão pessoal, cabe ao grupo dos 10 senadores fazer essa escolha”, pontuou. Sobre as articulações envolvendo o senador Davi Alcolumbre, Veneziano diz que não há imposição de vontades e que a escolha é livre do colegiado da Casa para definição do presidente e até das comissões temáticas. “O ex-presidente Davi tem tido uma participação digna. Se a ele são conferidas algumas importantes missões é porque quem de fato as confere não é apenas o Rodrigo, mas o colegiado, que sabe que ele desempenha bem e desempenhou muito bem o trabalho como presidente do Senado e também em comissão. Mas não sei se ele confirma o propósito de candidatar-se à CCJ – e vejo que, em sendo assim, penso que o seu nome e sua permanência seriam boas”, concluiu.