Linaldo Guedes
A prisão de Daniel Alvez e outros casos de jogadores famosos envolvidos em crimes, como Robinho, me levou a uma reflexão entremeadas de lembranças.
É que os jovens, principalmente no esporte, buscam referências naqueles atletas que deram certo, que foram vencedores.
Vejam que a seleção brasileira de 1982 encantou o mundo com um futebol mágico, para mim até hoje o melhor que já vi jogar.
Zico, Sócrates, Falcão e outros não eram apenas craques no sentido mais definitivo do termo.
Fora de campo eram, também, cidadãos que primavam por bom comportamento.
O máximo que tivemos de “mau” comportamento daquela geração era Sócrates fumar, mas ele não saía batendo em mulher por causa de seu vício.
Aquela seleção, no entanto, não ganhou nada, apesar de encantar o mundo.
Voltamos a ganhar a Copa em 1994, com uma seleção limitada no aspecto técnico e cujo maior referencial e craque era Romário, uma espécie de “bad boy” dos campos.
Romário era de fato um craque, mas enquanto atleta se envolveu em muitas polêmicas fora de campo.
No entanto, foi campeão do mundo, coisa que Zico e Cia não conseguiram com a seleção.
Coincidência ou não, a partir daí nossas seleções sempre acolheram jogadores “bad boys” entre seus principais ídolos, como Ronaldinho Gaúcho, Ronaldinho, Neymar, Daniel Alves, Robinho…
Esses craques que surgiram depois de 1994 vão se mirar no comportamento e estilo de um campeão bad boy como Romário ou de um fracassado bom mocinho como Zico?
Linaldo Guedes é jornalista, escritor e editor. Com 12 livros publicados, é editor da Arribaçã Editora, localizada em Cajazeiras, Alto Sertão da Paraíba.
Boa reflexão!👏👏👏
Muito boa, essa reflexão! Valeu Linaldo