O presidente da Federação das Associações de Municípios da Paraíba (Famup), George Coelho, recomendou cautela aos municípios em relação ao pagamento do piso da Enfermagem. Ele lembrou que a Emenda 127, promulgada no ano passado, não garante os recursos para o pagamento da categoria a partir deste mês. A proposta que direciona recursos do superávit financeiro de fundos públicos e do Fundo Social para financiar o piso salarial no setor público, nas entidades filantrópicas e de prestadores de serviços, não deixa claro de quanto será a complementação financeira da União para Estados e municípios.
Segundo a Federação, o governo do Estado optou por pagar o piso porque encontrou recursos para isso, porém, a quase totalidade dos municípios paraibanos não consegue pagar se não chegar um complemento da União. “Reconhecemos a importância da categoria, mas os municípios não têm como pagar esse piso para os profissionais. Estamos lutando e cobrando um complemento por parte do governo federal para ajudar a custear esse novo piso. Sem tal recurso, infelizmente, os municípios terão que suspender serviços”, esclareceu o presidente da Famup, George Coelho.
O governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), determinou o pagamento do piso salarial nacional da enfermagem já na folha do mês de janeiro para todos os trabalhadores efetivos da rede estadual e da Fundação PBSaúde. Os valores serão creditados na conta dos trabalhadores na próxima quinta-feira (2) em folha complementar. O governador afirmou que “a Paraíba parte na frente, com a autorização do pagamento em folha extra, beneficiando servidores efetivos, aposentados, pensionistas e, também, enfermeiros da PBSaúde”. Frisou, então, que se trata de um compromisso firmado anteriormente e que o Estado tem condições de honrá-lo. O compromisso de pagamento do piso nacional da enfermagem foi assumido ainda em 2022, em plena campanha eleitoral.