Representações dos três Poderes, da Ordem dos Advogados do Brasil e instituições diversas acompanharam, na manhã desta sexta-feira (29), durante Sessão Solene da Câmara Municipal, a entrega da Medalha de João Pessoa e do Título de Cidadão Pessoense ao conselheiro do Tribunal de Contas da Paraíba Fernando Catão.
As homenagens, com a autoria do vereador Fernando Milanez Neto, representaram o resgate de idêntica propositura feita por seu pai e homônimo, o também vereador Fernando Milanez, há 21 anos. “Demorei tanto para recebê-las por temer este momento”, brincou o homenageado, ao definir os integrantes da Câmara de Vereadores como “a mais legítima representação do povo pessoense”.
Presidida pelo vereador João Bosco dos Santos Filho (PV), a Sessão Solene foi aberta após o cântico do Hino Nacional pelo Coral de Servidores da Casa e a formação da Mesa ainda composta pelo conselheiro Arnóbio Viana (em nome dos seus pares), desembargador Joás de Brito Pereira (pelo Tribunal de Justiça), vice-presidente do Senado Veneziano Vital do Rego, secretário Diego Tavares, da Gestão Governamental do Município (pelo prefeito Cícero Lucena), deputados Tovar Correia Lima (pela Assembléia Legislativa) e Trocolli Júnior.
A presença em meio à platéia de Dona Fátima Catão (esposa) e filhos e, ainda, de Dona Glória Rodrigues da Cunha Lima (irmã) conferiu à cerimônia os momentos de maior emoção, embargando, por vezes, a voz do homenageado.
“Não é fácil falar de um homem que ajudou a governar a Paraíba, de alguém com 45 anos de vida pública limpa, de um modelo honradez e decência, de um esposo exemplar, de um pai sempre presente e de um avô zeloso”, comentou o vereador Milanez Neto.
Ausente em virtude da participação no Consórcio Nordeste, encontro de governantes e lideranças políticas da Região, o prefeito Cícero Lucena deixou sua mensagem em vídeo. Lembrou as ações administrativas do amigo, uma delas o projeto de transposição do Rio São Francisco quando ocupante do cargo de Secretário Nacional de Políticas Regionais, acentuou que ambos atuaram juntos pelo bem-estar coletivo e revelou-se feliz com o título de cidadania conferido ao conselheiro Fernando Catão: “Muitos o abraçam como eu. Vindos de outras cidades, somos, agora, conterrâneos”.
O senador Veneziano Vital do Rego assim se referiu à homenagem da Câmara de Vereadores: “Fernando Catão dá a este honroso título a grandeza que ele detém”. Em seu discurso, ele também tratou da boa convivência com o homenageado desde os tempos do patriarca: o político, escritor, professor e advogado Antônio Vital do Rego.
“Um homem probo, sério, honesto. O dono de um coração grandioso e mole” – é como o deputado Tovar Correia Lima definiu o conselheiro Catão, de quem é genro. Seu colega de Assembléia, Trocolli Júnior, disse que a Câmara de João Pessoa resgatava, na ocasião, “homenagem das mais gratas e precisas”.
“Nunca trabalhei para escalar tronos, ou palácios. Luto, não para passar à história, porém para que os meus de mim se orgulhem e meus sucessores de mim se lembrem. As láureas que neste instante memorável recebo se originam de iniciativas que me entusiasmam, incentivam, redobram as alegrias que me invadem a alma e reavivam minhas esperanças e anseios” – disse o conselheiro Fernando Catão, em seu pronunciamento.
Ele se referiu, desse modo, à esposa: Minha alma gêmea, companheira de ontem, de hoje e sempre. Minha mulher, que é parte de todas as minhas conquistas. Meu amor eterno. A motivação, o estímulo e a compreensão se traduzem no seu nome”. E prosseguiu: “Fátima me premiou com as pérolas que com ela conjugam meus amores, minha razão de viver e coroam nossas vidas”. Falava, então, dos filhos Bruno, Pedro Henrique e Ana Carolina, do genro, noras e netos.
Referido nas homenagens desta sexta-feira, como indutor do avanço tecnológico e da modernização dos organismos por cujas direções já passou, o conselheiro Fernando Catão fez jus à boa fama. Encerrou o discurso com o poema “Poemeto” e contou que a composição decorreu do uso do “Chat GPT”, o algoritmo baseado em inteligência artificial.
“Recebi este poema das nuvens. Não tem autor. Foi produzido pela inteligência artificial inspirado nas obras dos meus cunhados Ronaldo Cunha Lima e do jurista e professor Carlos Aquino, por sinal, primo dos Fernandos. É coisa do computador. Pus o nome Catão, Glória, Ronaldo e o computador fez tudo sozinho. Ainda bem que não falou mal de mim”, disse, para o riso da platéia.
Completou, então: “O que os senhores têm, aqui, é o primeiro documento produzido por uma máquina para os anais desta Casa”. Eis, então, o que saiu: