Uma reportagem do site “Congresso em Foco” cita o senador paraibano Efraim Filho, líder do União Brasil, entre os 11 senadores que ocupam apartamentos funcionais da Câmara Federal em Brasília e que receberam ordem de despejo por parte da direção da Casa vizinha. Eles, contudo, prometeram ignorar a ordem de despejo, que não chegou diretamente aos parlamentares, mas ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Além de Efraim foram atingidos os senadores Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), Dr. Hiram (PP-RR), Tereza Cristina (PP-MS), Wellington Fagundes (PL-MT), Marcelo Castro (MDB-PI), Professora Dorinha (União Brasil-TO), Romário (PL-RJ), Alan Rick (União Brasil-AC), Eliziane Gama (PSD-MA) e Wellington Dias (PT-PI).
A ordem de despejo está sendo encarada como bastidores como mais um capítulo da batalha por poder travada entre os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara, Arthur Lira. “Se fossem cidadãos normais – informa o Congresso em Foco – os parlamentares teriam poucas horas para encaixotar os pertences e esvaziar o imóvel. Mas como são parlamentares, com imunidade, uma ordem de despejo não parece surtir efeito. Nos bastidores, os parlamentares garantem que não vão deixar os imóveis. No Senado, a ordem de Lira não surtiu efeito”.
A briga entre Lira e Pacheco foi acentuada com o trâmite das Medidas Provisórias no Congresso Nacional. Pacheco foi o responsável por determinar o retorno da instalação das comissões mistas, formadas por deputados e senadores, e que irá analisar as medidas provisórias do governo. Lira não aceitou a determinação, exigiu alterações e ainda que parte das comissões tenha sido instalada aos moldes determinados por Pacheco. O governo precisou recuar para que a batalha entre os parlamentares não colocasse em risco as ações do Planalto.