O presidente do diretório estadual do Partido dos Trabalhadores, Jackson Macedo, considerou “precipitada” a posição reafirmada pela Executiva Municipal do PT em João Pessoa defendendo candidatura própria à prefeitura da Capital nas eleições de 2024 e tecendo críticas à administração do atual prefeito Cícero Lucena, do Progressistas. Macedo comentou que a manifestação contraria o calendário de deliberações do Partido dos Trabalhadores, que passa por discussões em plenárias, de acordo com orientação traçada pelas instâncias superiores. Conforme ele deixou claro, esse debate ainda não está no radar do PT paraibano, da mesma forma como não há posicionamentos prévios sobre candidaturas próprias em centros urbanos mais importantes, como São Paulo.
Embora avaliando pretensões de postulação como legítimas, Jackson Macedo advertiu que o cronograma de resoluções do Partido dos Trabalhadores precisa ser respeitado pelos dirigentes e pelos filiados, bem como respeitadas as instâncias de deliberação que funcionam na estrutura da agremiação. “O PT é um partido democrático, onde as discussões são sempre aprofundadas, à luz dos acontecimentos, podendo versar sobre postulações próprias ou por alianças políticas. É necessário, também, levar em conta os interesses táticos e estratégicos da direção nacional do Partido dos Trabalhadores, que acompanha de perto a conjuntura nos Estados para analisar a correlação de forças e as posições a serem tomadas”, expressou ele.
O dirigente estadual do Partido dos Trabalhadores lembrou que o mandato de Antônio Barbosa à frente da direção municipal do PT em João Pessoa tem prazo de validade até outubro deste ano, após o que ocorrerá eleição para renovação dos quadros dirigentes. Pelo que ele deu a entender, Barbosa não estará à frente da coordenação da campanha eleitoral em 2024, nem a cúpula do Partido dos Trabalhadores descarta examinar alianças que sejam do interesse do projeto do partido e do respaldo às iniciativas do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que é prioridade máxima para o petismo. “Precisamos agir com equilíbrio, sem açodamento, considerando a estratégia que o Partido dos Trabalhadores adota em períodos eleitorais”, enfatizou ele, acrescentando que em caso de impasse a decisão final caberá à direção nacional do PT, tal como se verificou na disputa de 2020, com o apoio a Ricardo Coutinho, que era filiado aos quadros do PSB.