Informações veiculadas pela coluna de Lauro Jardim em “O Globo” revelam que o ex-ministro da Saúde do governo Jair Bolsonaro, Marcelo Queiroga, está prestes a colocar seu nome na corrida sucessória em João Pessoa como candidato a prefeito em 2024. O médico cardiologista paraibano, de acordo com a versão, teria compartilhado o desejo de entrar na política com ex-colegas de ministério e com lideranças políticas. Uma possível candidatura a cargos eletivos na Paraíba chegou a ser cogitada em 2020 e em 2022, mas Queiroga priorizou a permanência na Pasta, onde se manteve por quase dois anos, em pleno enfrentamento à calamidade de covid-19.
Marcelo Queiroga é bastante afinado com o ex-presidente Jair Bolsonaro, que o convidou para assumir o Ministério no lugar do general Eduardo Pazuello, que enfrentava desgaste com denúncias à frente da Pasta. A filiação do ex-ministro, no entanto, ainda é um mistério. Ele estava no Republicanos, depois desembarcou no PSL (hoje União Brasil) e, pelas últimas informações, estaria próximo de assinar ficha no Partido Liberal, que é presidido no Estado pelo deputado federal Wellington Roberto. Em declarações, ontem, Wellington elogiou Queiroga como um “grande quadro” e sinalizou que o partido pode examinar a hipótese de candidatura.
Dentro do esquema bolsonarista em João Pessoa já se apresentam como opções para disputa à prefeitura no próximo ano os deputados Cabo Gilberto Silva (federal), Walbber Virgolino (estadual) e o comunicador Nilvan Ferreira, que foi candidato a prefeito em 2020 e avançou para o segundo turno, tendo disputado o governo do Estado em 2022. Nilvan é o mais obstinado em ser novamente candidato, tanto que já afirmou que poderá migrar do PL se não tiver espaço na legenda para esse objetivo. De concreto, Queiroga se reuniu, ontem, em Brasília, com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, presidente do PL Mulher. Segundo informou o ex-ministro, o tema principal do encontro foi a agenda da saúde, especialmente a atenção materno-infantil. Afirmou que sua maior preocupação é com o desmantelamento da Rede de Atenção Materno-Infantil, culpando expoentes do PT por atos de revanchismo contra a gestão de Bolsonaro.