Em declarações, ontem, à imprensa, o governador João Azevêdo, principal líder do Partido Socialista Brasileiro na Paraíba, descartou a sugestão feita pelo deputado estadual Adriano Galdino (Republicanos) para que ele assumisse o comando do PSB em substituição ao deputado federal Gervásio Maia, que estaria dificultando composições de bastidores para eleições futuras com o esquema do chefe do Executivo. João Azevêdo disse que está tranquilo e que não tem conhecimento de qualquer conflito que justifique a saída de Gervásio da presidência.
– Essa é uma leitura dele (Adriano), eu tenho a melhor relação possível hoje com Gervásio. Fui eleito governador sem ser presidente do partido. Estou muito tranquilo no PSB, não tem essa disputa interna não. Essa é uma visão do presidente da Assembleia sobre sua forma de fazer política, a minha é diferente – respondeu João Azevêdo. Gervásio também comentou as declarações de Adriano, dizendo que se o governador quiser ele entrega a presidência mas não vê motivos para qualquer movimento nessa direção, diante da boa relação com o chefe do Executivo. Lembrou, ainda, que recentemente foi mantido no comando da legenda. O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, descartou mudança no comando da legenda no Estado.
Pelo tom de Adriano, a postura adotada pelo deputado Gervásio Maia estaria dificultando, inclusive, a filiação de prefeitos aos quadros do PSB. Nos meios políticos a “rusga” foi atribuída a divergências antigas entre Gervásio e Adriano envolvendo a presidência da Assembleia Legislativa do Estado. Galdino justificou assim o seu ponto de vista: “O governador precisa estar cacifado e forte politicamente para comandar as eleições de 2026. Ele vai ter que sair do governo. Precisa estar com as forças políticas e isso passa pelo comando de um partido. É claro, é óbvio que ninguém dá as cartas sem estar no comando de um partido. Aguinaldo Ribeiro hoje é forte porque tem o PP, Hugo Motta o Republicanos e Efraim Filho o União Brasil”.