Relator da reforma tributária na Câmara dos Deputados, o paraibano Aguinaldo Ribeiro, do Progressistas, foi taxativo na tarde desta terça-feira, em evento na Confederação Nacional dos Municípios em Brasília, ao dizer: “Não vou entrar em briga de Bolsonaro (Jair) com o presidente Lula (Luiz Inácio Lula da Silva)”. Ele defendeu que a votação da matéria não pode ser prejudicada pela política, referindo-se à polarização que persiste entre bolsonaristas e lulistas, acirrada com a decretação da inelegibilidade do ex-presidente da República por oito anos pelo Tribunal Superior Eleitral (TSE).
Com isso, Aguinaldo Ribeiro reagiu ao PL, partido de Bolsonaro, que orientou a bancada a votar contra a reforma. O tema é uma das principais apostas do governo do presidente Lula e conta com apoios de líderes influentes do próprio Partido dos Trabalhadores no Congresso Nacional. Aguinaldo Ribeiro comentou: “Esta não é uma reforma de partido político, de direita, nem de esquerda ou de centro. Esta é uma reforma do Brasil. Não vou entrar em briga de ninguém”.
O relator defende que deve ser construído um texto constitucional e com a melhor solução federativa. “Mas não vamos ter um texto de consenso. Não existe isso em uma matéria tão complicada”, frisou. O ex-presidente Jair Bolsonaro teria prometido votos os votos do PL contra a reforma tributária, como retaliação à falta de apoio aos seus projetos pessoais. Da bancada federal da Paraíba o deputado Cabo Gilberto Silva (PL) foi o único a apoiar uma propositura apresentada no Parlamento visando a anistiar o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros líderes políticos que enfrentaram punições da Justiça.