O presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Adriano Galdino (Republicanos) considerou “requentada” a informação de que o Estado poderá ter redução de dois deputados na Câmara Federal e de seis parlamentares na ALPB, conforme projeto que tramita na Câmara, de autoria do deputado Rafael Pezenti, do MDB de Santa Catarina. A redução se daria em consequência de estimativas do Censo de 2022, que apontou variações para baixo no contingente populacional de Estados e Territórios em todo o país.
O deputado Adriano Galdino justificou que não acredita na evolução desse movimento porque Estados influentes como São Paulo e Rio Grande do Sul não deverão ser afetados com diminuição de integrantes de bancadas. “Como costumo afirmar, o Sul e Centro-Sul constituem ameaça a interesses de regiões como o Norte e Nordeste porque, através de seus representantes políticos, procuram sempre beneficiar seus Estados. Mas, não havendo perigo à vista para os seus interesses, não têm motivos para se mobilizar”, explicou o dirigente da Assembleia da Paraíba. Mesmo assim, ele propõe que a bancada paraibana se mantenha vigilante, acompanhando atentamente o desenrolar das articulações a respeito, para não ser surpreendida na sua representatividade popular.
A sugestão de lei feita pelo deputado catarinense prevê um mecanismo permanente de reconfiguração das bancadas, de forma que um novo projeto de lei complementar se tornasse desnecessário a cada Censo. O Estado do Rio, de acordo com estudos do Diap – Departamento Intersindical de Assessoramento Parlamentar, ainda pode perder quatro cadeiras em Brasília, mas a situação de São Paulo permaneceria inalterada. Bahia, Rio Grande do Sul, Piauí e Paraíba perderiam duas vagas cada, Pernambuco e Alagoas teriam menos uma cadeira na Câmara, enquanto bsncadas de Santa Catarina e do Pará seriam aumentadas em quatro vagas cada. O Amazonas ganharia mais duas, e Minas Gerais, Ceará, Mato Grosso e Goiás teriam um deputado a mais cada um.
O presidente Adriano Galdino lamenta que haja parlamentares interessados em introduzir medidas casuísticas, mas se diz tranquilo quanto ao insucesso da articulação. “A meu ver, há problemas mais urgentes a serem tratados e debatidos no país pela classe política, em sintonia com o sentimento da população”, acrescentou. Por outro lado, o parlamentar informou que está empenhado desde agora nos preparativos para a retomada dos trabalhos legislativos em agosto, prevendo que a Assembleia Legislativa da Paraíba, mais uma vez, oferecerá valiosas contribuições para resolver demandas de interesse do povo. Ele revelou que neste período de recesso cumpre uma infatigável maratona de viagens e contatos políticos em inúmeros municípios e regiões da Paraíba, procurando inteirar-se, de perto, das necessidades prementes, a fim de encaminhar e direcionar pautas aos poderes competentes no retorno das atividades legislativas.