A senadora paraibana Daniella Ribeiro, do PSD, protocolou o Projeto de Lei 3257/19, que realiza uma alteração na Lei Maria da Penha, para prever o afastamento imediato do agressor de casa em situação de violência sexual, patrimonial e moral. O texto já foi aprovado pelo Senado e ainda precisa passar pelo crivo da Câmara dos Deputados. Deve ser analisado pelas comissões de Constituição, Justiça e Cidadania e de Defesa dos Direitos da Mulher.
Segundo a senadora, “nunca é demais lembrar que esse tipo de violência acarreta prejuízos graves tanto à mulher quanto aos seus filhos”. A proposta prevê que, se comprovado o risco à vida ou à segurança moral, física, psicológica, sexual ou patrimonial da mulher em situação de abuso doméstico e familiar, o agressor deverá ser afastado do domicílio imediatamente, a fim de encerrar a convivência e diminuir os riscos para a vítima e familiares.
A Lei Maria da Penha, que estabelece proteção às mulheres vítimas de violência, chegou a ser alterada em 2019 para incluir a possibilidade de afastamento físico do agressor para a vítima. Isso, no entanto, aconteceria posteriormente a uma decisão judicial para conceder a medida protetiva, abrindo um espaço para que os ataques sejam retomados. O novo projeto procura excluir essa brecha. Em 2022, o Brasil assistiu a um aumento no número de estupros e feminicídios em relação ao ano anterior. Foram registrados 1.437 casos de estupro no país, aumento de 6,1% em relação aos 1.374 casos em 2021. As ocorrências de feminicídio aumentaram 1,2%. 0s dados são do Anuário do Fórum Brasileiro da Segurança Pública de 2022, divulgados na última quinta-feira, 20.