Ontem, à noite, no Cine Banguê, do Espaço Cultural, houve a primeira exibição do documentário intitulado “O Velho e o Rio”, produzido pelo publicitário Alberto Arcela, que conta a trajetória do jornalista e escritor Gonzaga Rodrigues, coincidindo com o transcurso dos seus 90 anos de existência. A TV Cabo Branco, sob o comando do executivo Eduardo Carlos, reuniu uma plateia de convidados para a exibição, entre autoridades, como o prefeito Cícero Lucena, jornalistas, intelectuais e outras figuras de destaque da sociedade. No sábado, cinco de agosto, aniversário da Capital paraibana, o documentário será exibido às 14h na TV Cabo Branco, dentro das comemorações dos 438 anos da antiga Felipéia de Nossa Senhora das Neves.
Bastante elogiado pelos presentes à sessão de ontem, o filme-documentário, no dizer do colunista Sílvio Osias, “é um sensível retrato do jornalista Gonzaga Rodrigues tirado pelo publicitário Alberto Arcela”. E acrescenta: “Numa certa medida, tem algo de um autorretrato, posto que é o próprio homenageado que conta a história de sua vida. O filme percorre o caminho de Alagoa Nova à Academia Paraibana de Letras, que é o caminho da vida de Gonzaga Rodrigues. A infância, a formação, o autodidatismo a chegada a João Pessoa, o jornal A União, a tuberculose, o golpe de 64, o Ponto de Cem Réis, a religiosidade – os temas vão se sucedendo na construção da narrativa, sob imagens bonitas e áudio bem captado”.
Sílvio Osias lembra que Gonzaga Rodrigues, o cronista maior, é o personagem principal mas não é o único em “O Velho e o Rio”. Há Amanda Falcão, jornalista que faz o papel de Lígia Telles, uma youtuber que entrevista Gonzaga. “Jovem e bela, é a ela que Gonzaga conta a história da sua vida; É com ela que Gonzaga vai a Alagoa Nova e visita os pontos marcantes de João Pessoa, a cidade que se torou sua desde que para cá veio em 1951”. Recentemente, Gonzaga Rodrigues lançou na Academia Paraibana de Letras o livro “Com os olhos no chão”, em memória de Martinho Moreira Franco, que reúne escritos marcantes seus na imprensa e na literatura paraibana ao longo de décadas. Em sua fala, ontem, no Cine Banguê, ele mencionou fatos marcantes da sua biogracia, como a saudação que fez ao ministro José Américo de Almeida, no Teatro Santa Rosa, em João Pessoa, quando o autor de “A Bagaceira” ingressou na Academia Brasileira de Letras.