O senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB) explicou, ontem, que sua aproximação com o esquema do prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (PSD), faz parte de uma estratégia “para somar” com o grupo do gestor, não para dividir ou ser pivôt de desagregação. Salientou, ainda, que tal aproximação começou a ser ensaiada no segundo turno das eleições para governador da Paraíba em 2022, quando, de sua parte, manifestou apoio à candidatura do então deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB). Em relação a Bruno, revela que tem conseguido liberar recursos e projetos de interesse da prefeitura de Campina Grande junto a órgãos e ministérios do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas que nunca condicionou essa ação à ocupação de cargos na prefeitura por aliados seus.
Nos últimos dias, o prefeito Bruno Cunha Lima efetivou a nomeação de duas pessoas ligadas a Veneziano para postos estratégicos da administração municipal. Esse movimento teria irritado o ex-prefeito e atual deputado federal Romero Rodrigues (Podemos), que passou a ser estimulado por correligionários e por políticos de outros partidos a romper com Bruno e lançar-se candidato novamente a prefeito da cidade em 2024. A relação entre Romero e Bruno é considerada como de “distanciamento” nos meios políticos, mas Veneziano assegura que não foi o causador de suposto abalo. Entende, mesmo, que há espaço para todos no mesmo esquema – para Bruno, para Romero e para ele.
Em termos de projeto pessoal, o senador, que é vice-presidente do Senado Federal, reafirmou que pretende candidatar-se à reeleição em 2026 e, para tanto, já teria a manifestação de apoio não só do prefeito Bruno Cunha Lima como do ex-deputado federal Pedro Cunha Lima. Romero Rodrigues chegou a ser convidado oficialmente pelos deputados Murilo Galdino (federal) e Adriano Galdino (estadual) para ingressar no Republicanos com a garantia de vaga para concorrer à sucessão de Bruno Cunha Lima na Rainha da Borborema. O deputado federal e ex-prefeito chegou a prestigiar um evento do Republicanos na cidade mas não assinou ficha de filiação, admitindo, porém, marchar junto com o Republicanos nas eleições futuras. Nos últimos dias, Romero evitou dar declarações à imprensa ou polemizar sobre as nomeações de aliados de Veneziano feitas por Bruno Cunha Lima.