O desembargador José Ricardo Porto foi homenageado na manhã desta segunda-feira (28) pela Ordem dos Advogados do Brasil, seccional da Paraíba, pela sua trajetória na advocacia e na OAB/PB. A homenagem aconteceu durante a solenidade de entrega de carteiras aos novos advogados.
Em sua saudação, o presidente da OAB/PB, Harrison Targino, lembrou que o desembargador chegou ao Tribunal de Justiça pelo quinto constitucional da advocacia. “Esta Casa, por decisão de toda a diretoria, faz questão de proclamar o respeito pela sua trajetória de advogado e o respeito que Vossa Excelência tem tido com a advocacia, no seu trato com os colegas que lhe buscam para realizar a sua missão”, afirmou.
Falando aos novos advogados, o desembargador disse que o profissional da advocacia deve ter acima de tudo conceito, ética, altivez, dignidade, sensatez e prudência. Citando o jurista Bernardo Cabral, Porto destacou que a “ advocacia é um estado de espírito e o direito e a expressão mais bela de todas as artes”.
José Ricardo Porto disse que o país convive com situações estranhas e incomum. Ele citou o caso, que ganhou repercussão na mídia, de um advogado com fortes ligações com os altos escalões da República, que viajou a Miami nos Estados Unidos para recomprar relógio. “O advogado não é relojoeiro. O profissional da advocacia é um mercador de esperanças que impõe respeito a sociedade pela sua postura altiva, ética e inteligente na busca incessante da paz social e respeito a Constituição do País”.
Citando Leandro Karnal, Ricardo Porto asseverou: “A democracia não é o paraíso, mas ela consegue garantir que a gente não chegue no inferno”.
Na defesa da Constituição, proclamou que os envolvidos nos atos antidemocráticos, golpistas e oportunistas, devem ser punidos de acordo com a lei. “O que não podemos é compactuar e passar a mão de forma panorâmica, em todos que tramaram em desfavor do estado democrático de direito, ninguém está acima da lei”.
O desembargador fez questão de registrar o seu respeito e admiração pelas Forças Armadas brasileiras. “Nós devemos preservar as instituições. São carreiras de Estado, que estão atuando em sincronia com a Constituição, portanto significar dizer que a presença de um grupo bem inexpressivo e diminuto de maus brasileiros em suas fileiras não compromete os relevantes serviços que prestam a nossa Pátria, notadamente no tocante a preservação da democracia”.