Ao falar, hoje, para governadores de Estados presentes na sessão promovida pelo Senado para discutir a reforma tributária, em tramitação naquela Casa, o senador paraibano Efraim Filho, do União Brasil, disse que há um consenso que vai se formando a respeito: o de que o atual modelo está esgotado, “é arcaico, obsoleto, está ultrapassado e somente atrapalha quem quer produzir” e joga o Brasil no último ranking, como um dos piores ambientes para se fazer negócio no mundo. “É preciso sair desse atoleiro”, bradou o representante da Paraíba.
– É preciso deixar para trás, muitas vezes, o sentimento de ficar numa zona de conforto, ou, nesse caso, de desconforto – prosseguiu o senador Efraim Filho, lembrando que “mesmo nesse caos tributário a gente aprendeu a sobreviver nele”. E mais: “É preciso ter ousadia, ter audácia, é preciso sentar na mesma mesa, ter capacidade de buscar, sim, os consensos, encontrar as alternativas para dar esse passo adiante”. Exortou que seja aprovada uma reforma tributária que o povo quer, “aquela que vem para melhorar a vida de quem paga o imposto e não de quem arrecada o imposto”. Efraim acentuou que a reforma tributária não pode trazer, “como um Cavalo de Troia embutido”, um aumento da carga tributária nacional.
Ao final de sua intervenção, o senador Efraim Filho disse que a reforma tributária não significa mudar “a letra fria da lei”, até porque isto pode ser muito fácil, “mas, sim, significa mudar a cultura, que é um processo mais complexo em relação ao tema”. O senador Rodrigo Pacheco, presidente do Senado Federal e articulador da convocação de lideranças políticas para um debate ampliado acerca da questão no âmbito da Casa, insistiu no que vem apregoando, ou seja, que os Estados precisam ceder na discussão sobre pontos da reforma tributária para que prevaleça um consenso favorável aos interesses da sociedade brasileira como um todo.