A Assembleia Legislativa da Paraíba realizou sessão especial, ontem, no Plenário “Deputado José Mariz” para debater com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba o estudo e a possibilidade de liberação de áreas tombadas que não possuem perfil para preservação histórica no município de Sousa. O evento, proposto pelo deputado estadual André Gadelha, do MDB, reuniu gestores públicos, empresários, comerciantes e especialistas da área.
Ao justificar a iniciativa, André Gadelha disse que a sessão especial atendia ao interesse de outros 14 municípios da região polarizada por Sousa, “que vêm sofrendo com a questão da legislação do IFHAEP, que faz com que as cidades tenham um bloqueio de crescimento vertical”. E acrescentou: “Precisamos modernizar as cidades, mas também respeitar o patrimônio histórico. Então, essa discussão é para que nós possamos acrescentar ao Instituto casos específicos como terrenos tombados da cidade”, disse o deputado, defendendo o crescimento econômico e a modernização da cidade, em conjunto com a geração de emprego e renda no município
O executivo Vítor Pessoa, chefe de gabinete do Instituto, destacou a importância do debate envolvendo o patrimônio histórico no âmbito do Poder Legislativo. “É uma alegria para nós constatarmos o interesse da Assembleia em debater esse importante assunto para a Paraíba, porque preservar o patrimônio histórico é manter nossa história viva para os nossos filhos, para os nossos netos, e assim sucessivamente. Imagine, então, se as gerações passadas não tivessem preservado o nosso patrimônio, o que é hoje em dia nós teríamos? Então, é de suma importância esse debate”, acrescentou.
Para o empresário Zilmar Leandro da Silva, vice-presidente do Clube de Dirigentes Lojistas de Sousa, é importante preservar o patrimônio histórico, mas também é preciso estimular o crescimento econômico da cidade porque, da forma como está atualmente em Sousa, o comércio deixa de crescer, o empresário deixa de fazer investimento, a população deixa de ganhar emprego e de gerar renda”. O empresário informou que existem cerca de 1.400 imóveis tombados, “mais do que muitas cidades históricas da Bahia e de Minas Gerais”. E finalizou: “Não queremos mexer no que já existe tombado, mas precisamos utilizar os terrenos que não têm perfil para tombamento e, com isso, gerar desenvolvimento para o município e emprego e renda para a população”.