O deputado federal Ruy Carneiro, do Podemos, defendeu os espaços para a atuação de músicos, comerciantes e artesãos que dependem da orla de João Pessoa para sobreviver e que, na sua opinião, foram prejudicados pelas novas regulamentações implantadas pela prefeitura municipal. O parlamentar defende o diálogo e uma construção coletiva para não prejudicar quem depende da região para sobreviver.
“A orla é um dos maiores patrimônios do povo pessoense e paraibano. Ela realmente precisa ser preservada, mas isso passa pela construção de um diálogo com toda a sociedade e, principalmente, com quem está ali diariamente há várias décadas. Tenho certeza de que ninguém é contra o reordenamento, principalmente quem depende de espaços de atuação naquela área”, explicou.
Ruy Carneiro criticou a postura da gestão municipal e condenou a forma arbitrária, truculenta, “que está tirando o sustento de inúmeras famílias”. Informou que a prefeitura passou praticamente três anos sem fazer nenhum tipo de intervenção na região, sem cuidar da organização dos espaços e negligenciou até a iluminação em vários trechos. Agora, sem conversar com ninguém, aparece com uma série de protocolos absurdos e prejudicando quem manteve o espaço vivo durante todos esses anos. Defendo a reavaliação dessas medidas e seguirei cobrando que todos os envolvidos possam participar da elaboração de uma nova série de normas”, argumentou.
O presidente da Associação dos Forrozeiros da Paraíba, Ecarlos Carneiro, afirmou que a situação é preocupante. “Essas medidas estão desempregando muitos forrozeiros que dependem da orla marítima para tocar na noite e levar o sustento para casa. É mais do que uma causa pelo forró. É uma causa pelo emprego e renda. Estamos em busca de retomar o nosso trabalho, que foi tomado por essas mudanças. Queremos o nosso emprego de volta”, desabafou. A presidente da Associação dos Ambulantes de João Pessoa, Márcia Medeiros, também clama para que a categoria seja ouvida, queixando-se que o Termo de Ajustamento de Conduta imposto pela prefeitura foi construído sem diálogo com os interessados.arlos Antônio Fernandes também trabalhou na direção operacional da área financeira do banco BRB e foi presidente da Fundação dos Economiários Federais.