O cantor e compositor paraibano Chico César, ex-secretário de Cultura do Estado, foi homenageado, ontem, juntamente, com outras personalidades, com a Ordem do Rio Branco, a maior honraria do Ministério das Relações Exteriores, concedida a pessoas e entidades dedicadas à defesa da democracia, da justiça social, dos direitos humanos, da igualdade de gênero, da igualdade racial e dos direitos dos povos indígenas. A solenidade ocorreu no Palácio do Itamaraty, em Brasília, para homenagear o Dia do Diplomata, e Chico César recebeu a insígnia de “comendador” das mãos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O líder indígena Raoni, que não pôde comparecer, o fotógrafo da Presidência da República Ricardo Stuckert e a primeira-dama Janja da Silva, que também se encontrava doente, foram homenageados igualmente. Homenagens póstumas foram prestadas às cantoras Gal Costa, Rita Lee e Elza Soares e ao indigenista brasileiro Bruno Pereira, bem como ao jornalista britânico Dom Philips, ambos assassinados na Terra Indígena Vale do Javari, na Amazônia, em julho do ano passado.
Criada em 1963, em deferência ao Patrono da Diplomacia Brasileira, o Barão do Rio Branco, a Ordem tem cinco graus: Grão-Cruz (a mais alta condecoração), Grande Oficial, Comendador, Oficial e Cavaleiro, além de uma medalha anexa. Como presidente da República, Lula é o Grão-Mestre da Ordem de Rio Branco. Em rede social, Chico César referiu-se a um irmão, Gonzaga, que foi companheiro de Lula nas lutas pela moradia nos anos 80 e disse ter aprendido a lutar com eles e “a amar guerreiramente”.