A secretária de Estado do Meio Ambiente e Sustentabilidade da Paraíba, Rafaela Camaraense, acompanhou o importante painel “Fundo Caatinga – o investimento verde a favor da salvaguarda do único bioma exclusivamente brasileiro”, que aconteceu durante a COP 28, a conferência mundial sobre mudanças climáticas, em Dubai. O painel contou com a participação da governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, do governador do Ceará, Elmano de Freitas, do subsecretário de programas do Consórcio Nordeste, Pedro Lima, da diretora de capitais e finanças sustentáveis, Natália Dias, e do secretário do Meio Ambiente da Bahia, Eduardo Sodré.
A secretária paraibana defende que o Bioma Caatinga seja tratado como prioridade no governo federal, pois é um dos mais ameaçados pela desertificação e pelas mudanças climáticas. Ela afirma que a Caatinga precisa ser vista e valorizada dentro e fora do país. “Nós precisamos que a Caatinga seja tratada como prioridade, como ela merece, como todos os nossos biomas merecem. A Caatinga é um bioma único, que tem uma riqueza imensa, um potencial enorme, mas que também tem muitos desafios e ameaças. Nós precisamos de mais apoio. Nós estamos na COP 28 para mostrar para o mundo o que fazemos pela Caatinga, mas também para cobrar do nosso governo federal”, declarou Rafaela Camaraense.
Ela ressaltou, ainda, a importância da Caatinga para o sequestro de carbono e apontou as ações que o Estado da Paraíba vem realizando para conservar e restaurar o Bioma, como a criação de novas unidades de conservação, assim como a gestão. A importância do Bioma Caatinga, assim como a aprovação do fundo para maiores investimentos e ações, foi debatida ainda em outro painel que aconteceu durante a conferência e teve como tema “Conservação e restauração dos Biomas brasileiros como instrumento da agenda climática”. A secretária disse acreditar que o fundo caatinga é uma iniciativa essencial para captar recursos para a conservação e o uso sustentável do bioma, que ocupa cerca de 10% do território nacional. “Nós esperamos que o fundo seja aprovado e que possa beneficiar as comunidades locais que são as principais protetoras da caatinga”, ressaltou. A proposta do fundo caatinga é uma iniciativa do Consórcio Nordeste, que tem como objetivo captar recursos para a preservação e o uso sustentável do Bioma, que ocupa cerca de 10% do território nacional. A proposta é que o fundo seja gerido pelo Banco do Nordeste e funcionaria como o Fundo Amazônia, aplicando os recursos em ações e projetos de combate à desertificação, ao desmatamento, à poluição dos recursos hídricos e de conservação da biodiversidade.