A atual crise gerada pelo adiamento da votação e aprovação, ainda este ano, da Lei Orçamentária Anual de 2024 pela Câmara de Vereadores está colocando todo o Município em alerta e as instituições, em xeque.
Há uma preocupação inicial, por parte do prefeito Bruno Cunha Lima e pelo próprio presidente Marinaldo Cardoso, da Câmara, que é essencial neste momento: não é recomendável, prudente e aceitável que a crise se traduza numa mera queda de braço entre os poderes Executivo e Legislativo.
Sempre que eclode um conflito nessa dimensão – como é este o caso, de deixar o Município sem o seu principal instrumento para funcionamento geral dos serviços -, há se de fazer a pergunta premiada: a quem está interessando isso?
É exatamente nesse ponto que as atenções de todos devem estar focadas. E quanto a isso não parece haver dúvidas: sob uma cortina de pretextos louváveis, que incluem autonomia do Legislativo, autoafirmação institucional ou mesmo a legitimidade dos vereadores de discordarem da peça orçamentária encaminhada pelo Executivo, há claras manobras de uma oposição que alimenta uma pauta contaminada por interesses políticos corrosivos à realidade do cidadão. E isso é muito grave.
Subjulgar uma cidade inteira de 420 mil habitantes às circunstâncias de uma agenda política que prioriza a luta pelo poder e mantém uma indiferença olímpica aos interesses dos municípes deve ser denunciado e condenado, sim. A história está sendo construída na nossa frente. Tão indigno quanto ser parte dessa conflagração de interesses pessoais ou de grupos é fazer de conta que isso seria mera ficção ou discutível teoria da conspiração.
Três tipos que Campina Grande odeia e a terceira abomina: os covardes, os oportunistas e os manipuladores. Portanto, lutar contra eles não é uma opção. É uma missão.