O deputado federal Guilherme Boulos, do PSOL, pré-candidato à prefeitura de São Paulo este ano, teve um almoço, ontem, com Marta Suplicy, ex-prefeita de São Paulo e sem partido atualmente, que concordou em ser sua vice na eleição municipal de outubro. Boulos declarou que o PT será responsável por finalizar a formação da chapa eleitoral, que contou com o empenho direto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com vistas a repatriar Marta para os quadros do PT, onde, apesar disso, enfrenta restrições.
Boulos falou com a imprensa ao cumprir a agenda e afirmou que o maior desafio das eleições de 2024 é enfrentar e derrotar o bolsonarismo na cidade de São Paulo. Para vencer uma candidatura bolsonarista, o deputado defende que seja reeditada uma frente democrática que discuta o futuro de São Paulo. “Esta é uma aliança que está se construindo, que não é ima aliança que vai olhar para o passado, é uma aliança que se constrói a partir de um compromisso de presente e de futuro”, enfatizou Boulos.
O parlamentar ressaltou a confirmação do nome de Marta na chapa, dependendo do Partido dos Trabalhadores, e que os próximos passos serão tomados por este partido. “A Marta agrega experiência administrativa para esse projeto que nós estamos construindo, ela agrega uma amplitude, essa ideia de uma frente democrática na cidade, que, aliás, foi a razão da ruptura dela com o governo atual de Ricardo Nunes”, acrescentou Boulos.
A pré-candidata a vice-prefeita Marta Suplicy divulgou uma nota à imprensa sobre o encontro mantido com o líder da chapa, deputado federal Guilherme Boulos. Marta também resgatou o Manifesto da Frente Ampla que foi escrito e divulgado durante as eleições de 2022 em defesa de uma Frente Ampla. Boulos concedeu a entrevista ao lado do deputado federal Rui Falcão (PT-SP), que foi o interlocutor indicado pelo presidente Lula para dialogar com Marta. Falcão admitiu que não há unanimidade no PT sobre a composição, mas frisou que essa é uma qualidade, “porque o PT sempre teve livre expressão de pensamento por parte das tendências”. Ele comparou a rejeição à Marta por alguns militantes que ele mesmo teve contra o nome de Gerado Alckmin para vice de Lula em 2022.