Faleceu, ontem, 3, aos 73 anos, o radialista, blogueiro e escritor Clemildo Brunet de Sá no Hospital Regional de Pombal, no Sertão paraibano. Tido como um ícone da radiofonia interiorana no Estado, Clemildo enfrentava problemas de saúde, agravados por um AVC e outras sequelas. Ele atuou em diversas emissoras na região e seu último trabalho foi na Liberdade FM, apresentando o programa “Saudade não tem idade”. Foi homenageado pela Assembleia Legislativa, sendo condecorado com a Medalha Epitácio Pessoa e a Comenda do Mérito Jornalístico Assis Chateaubriand.
O velório ocorre desde ontem à noite na Igreja Evangélica Presbiteriana de Pombal e, além de um culto, está prevista uma sessão especial da Câmara Municipal em sua homenagem, hoje. Nascido em primeiro de agosto de 1949, filho do casal Napoleão Brunet de Sá e Maria Brunet de Sá, Clemildo teve o primeiro contato com rádio em uma emissora clandestina instalada no primeiro andar do Grande Hotel. Era a Rádio Difusora de Pombal, que pertencia a Nélson Guarda e a Luiz da Estação Ferroviária. Atuava como operador de áudio. Mais tarde, auxiliou aos propagandistas de porta de loja, cuidando da técnica sonora da difusora das Lojas Paulistas.
Com apenas 12 anos de idade, fez locução nos Serviços de Alto Falante Difusora Maringá, de Raimundo Lacerda, e em 1966 montou sua própria emissora, “A Voz da Cidade”, que foi importante para a formação de muitos profissionais que atuam hoje nos veículos de comunicação como rádios, jornais, TVs e portais da web. Clemildo foi um dos precursores da comunicação em Pombal, um dos fundadores do jornal impresso “Alto Sertão” e colunista de vários sites, possuindo ainda um blog de assuntos relacionados à política. Como escritor, deixou “Memórias & Legados”, lançado em 2017, no auditório da Universidade Federal de Campina Grande, além do livro “Histórias do Rádio em Pombal”.