O deputado federal Ruy Carneiro, do Podemos, denunciou nova queda nos indicadores que avaliam a atenção básica na saúde de João Pessoa, o que fez a capital paraibana permanecer na posição 218 entre as 223 cidades do Estado avaliadas pelo Previne Brasil. Os dados divulgados pelo Ministério da Saúde são referentes ao terceiro quadrimestre de 2023 e mais uma vez, conforme Ruy, revelaram o descaso da Prefeitura Municipal com as consultas odontológicas, os registros de atendimento relacionados a HIV e Sífilis, além da redução no percentual da aplicação das vacinas.
“A nova avaliação do governo federal – disse ele – mais uma vez comprovou os péssimos serviços de saúde prestados pela gestão municipal. Já estamos entrando no quarto ano de gestão e a situação na saúde de João Pessoa continua registrando dados alarmantes. Na prática, o que percebemos semanalmente nas visitas aos bairros são unidades básicas fechadas, sem médicos e dentistas, tomadas por mofo e infiltrações, falta de medicamentos e sucessivas interdições pelos conselhos profissionais. Uma gestão de eternas promessas, nenhuma entrega e sem nenhuma preocupação com a vida dos pessoenses”.
O parlamentar defendeu uma intervenção urgente no modelo administrativo, priorizando as potencialidades técnicas dos profissionais. “A população pessoense precisa de uma gestão séria e técnica, que cuide de verdade das pessoas e que trate a saúde da cidade com seriedade. Já passou da hora desse caos administrativo ser solucionado. Isso só vai acontecer quando essas relações familiares e ultrapassadas forem substituídas. Tem coisa que é básica, que é simples. É só deixar de lado a politicagem e querer fazer, fazer gestão, colocar gerentes técnicos em cada área e atender as reais necessidades da população”, enfatizou.
De acordo com os novos dados do Previne Brasil, outros indicadores de João Pessoa se mantiveram praticamente na mesma condição deplorável das últimas avaliações, a exemplo dos acompanhamentos de pré-natal e de realização de exames citopatológicos. Os números ainda mostram que das sete áreas avaliadas, seis delas não conseguiram atingir nem 50% de efetividade – acrescentou Ruy Carneiro, finalizando: “Todas essas informações são utilizadas como base para o repasse dos recursos por parte do Governo Federal. Ou seja, além dos péssimos serviços prestados à população, a gestão municipal está deixando de receber recursos que deveriam ser investidos na atenção básica da capital”.