Em reunião promovida, ontem, com representantes do PT paraibano, a direção nacional do Partido dos Trabalhadores decidiu manter a realização de prévias para a escolha do pré-candidato à prefeitura municipal de João Pessoa no dia 7 de abril, mas admitiu a realização de uma pesquisa externa sobre intenções de voto na disputa da Capital. Conforme explicou a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, os números das pesquisas não são absolutos para a definição de uma candidatura do PT, servindo, principalmente, para embasar a tática eleitoral da agremiação. Ficou evidenciado que o partido não fará composição, no primeiro turno, com o prefeito Cícero Lucena (PP), que é candidato á reeleição com o apoio do governador Joao Azevêdo (PSB).
Os dois pré-candidatos a prefeito dentro do PT de João Pessoa, deputados Luciano Cartaxo e Cida Ramos, participaram do encontro, que contou, além de Gleisi, com o senador Humberto Costa e Sônia Braga, que assessoram a direção nacional do PT, inclusive, no Grupo de Trabalho Eleitoral para discussão de candidaturas e estratégias. Também estiveram presentes o presidente do diretório estadual do PT na Paraíba, Jackson Macedo, o presidente do diretório municipal, Marcos Túlio e o deputado federal Luiz Couto. A deputada federal Gleisi Hoffmann disse ser importante que os postulantes às prévias se comprometam a aceitar o resultado final e se engajem na campanha de quem saiu vitorioso. O deputado Luciano Cartaxo deixou claro que ainda tem restrições à realização das prévias. As inscrições para a participação devem ser feitas até o dia 18 próximo.
O deputado estadual Luciano Cartaxo, que foi prefeito de João Pessoa por duas vezes, tem travado polêmicas com a deputada Cida Ramos, alegando que uma candidatura própria do PT tem que ter receptividade junto a parcelas do eleitorado pessoense, e também insinuando que o representante do partido na disputa deve mostrar experiência para administrar a Capital. A deputada chegou a acusar o colega de partido de “violência de gênero” e recebeu solidariedade de um Coletivo Nacional Feminino do Partido dos Trabalhadores. O clima de disputa tem contaminado outros líderes do PT, havendo uma ala que defende composição com a candidatura de Cícero já no primeiro turno. Mas essa hipótese não foi levada em consideração na reunião presidida, ontem, por Gleisi Hoffmann.