A Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas (Abracrim) aderiu, ontem, ao Movimento “Rompa o Ciclo da Violência” desenvolvido pela Assembleia Legislativa da Paraíba. A adesão ocorreu durante visita do presidente da Abracrim, Sheyner Asfóra, e da presidente da Abracrim-PB, Natália Alves, à deputada estadual Camila Toscano (PSDB), presidente interina da Comissão da Mulher no Poder Legislativo. Sheyner Asfóra ressaltou a importância da Abracrim buscar instituições, entidades e poderes para participar e contribuir com as agendas importantes para a sociedade. “Onde um advogado ou uma advogada criminalista puder atuar, estaremos atuando”, disse, destacando, ainda, a importância da campanha para interromper a violência contra as mulheres ainda no início das agressões.
Ele aproveitou e convidou a deputada para participar da série de lives que a Associação está produzindo neste mês de março, intitulada “De mulher para mulher”. A deputada debaterá sobre o movimento “Rompa o Ciclo da Violência” e sobre as leis estaduais para punir os agressores e prevenir a violência, juntamente com advogadas de várias partes do país, no próximo dia 25 de março, segunda-feira, no perfil da Abracrim no Instagram. Natália Alves, primeira mulher a assumir a presidência da Abracrim na Paraíba, mencionou a importância do movimento e o apoio da entidade à causa, frisando que a associação tem iniciado um trabalho de incentivo e apoio às mulheres advogadas.
“Hoje temos mais mulheres na advocacia, mas o número de mulheres donas do seu escritório ainda é baixo. Estamos incentivando para que elas formalizem seus negócios e ampliem a participação feminina no quadro societário dos escritórios. É essencial termos mais mulheres em espaços de poder e decisão, pois sabemos que essa condição também contribuirá para a diminuição da violência. Por isso, é essencial esse Movimento. Queremos unir forças”, assegurou.
A deputada Camila Toscano agradeceu a adesão e o apoio da Abracrim e destacou o papel fundamental dos advogados criminalistas no Movimento. Ela ressaltou, ainda, a escolha do tema para a campanha deste ano, lembrando que existem muitas leis em defesa das mulheres, mas que muitas vezes é a ausência de conscientização que leva as mulheres a não identificarem a violência logo no início e a interromper o ciclo logo no começo. “Um dos principais problemas, além do medo de denunciar, é que muitas mulheres sequer percebem quando a violência começa. Entendemos que é necessário conscientizar as mulheres para romper esse processo. E estamos falando de mulheres de todas as idades e classes sociais, porque a violência doméstica atinge todas as faixas etárias e todos os níveis de renda”, lamentou.
De acordo com Camila, a Comissão da Mulher da ALPB tem ido a todos os poderes e instituições para formar uma grande rede de apoio ao Movimento “Rompa o Ciclo da Violência”. E concluiu: “Precisamos levar essa mensagem à frente. Quanto mais pessoas envolvidas, melhor. Porque é aí que iremos salvar vidas, que é o mais importante”, expressou.