O paraibano Carlos Vieira, presidente da Caixa Econômica Federal, sinalizou que não deve haver mudanças a curto prazo nas vice-presidências do banco público. A declaração foi dada em entrevista ao “Poder360”. Ele enfatizou: “Nós promovemos as substituições necessárias e temos um quadro muito consolidado de executivos à frente das atuais vice-presidências”.
Em janeiro, houve sete trocas na cúpula da instituição financeira. Um dos nomes cogitados para a saída anteriormente foi o da vice-presidente de Habitação, Inês Magalhães. Ao ser questionado sobre o tema, Vieira fez elogios à executiva. “Inês é uma executiva de nome consolidado no sistema como um todo. É uma grande executiva, que está prestando serviço hoje para a Caixa. É responsável por uma das áreas mais importantes da Caixa. Nós temos 60% dos créditos concedidos pela Caixa na área imobiliária e ela tem conduzido muito bem essa área, mas a vida é uma dinâmica. Eu mesmo não sei se eu vou estar aqui amanhã, depois. Faz parte da dinâmica mas hoje ela é uma executiva de grande valia da Caixa Econômica e está desempenhando muito bem seu trabalho na vice-presidência de Habitação”.
Carlos Vieira tomou posse em novembro de 2023. Sua chegada ao comando do banco foi associada ao Centrão, em troca que fez parte da reforma ministerial iniciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em setembro. Ele substituiu Rita Serrano, demitida em 25 de outubro. O presidente disse ser natural a convivência com políticos. “Acho que os políticos têm espaço, independente da sua configuração política, na Caixa. É a Caixa que eles escolhem para colocar os recursos do Orçamento Geral da União e a Caixa é um banco público, tem essa feição de ser o maior banco público da América Latina, com um ativo de R$ 1,7 trilhão”. No passado, o banco foi foco de corrupção mas o presidente disse que há diversos mecanismos para evitar que isso volte a ser registrado.