“Ave Maria”, do compositor argentino Astor Piazzolla, vai abrir o 1º concerto da temporada 2024 da Orquestra Sinfônica da Paraíba, em João Pessoa. Será nesta quinta-feira, 28 de março, às 20h30, na Sala de Concertos Maestro José Siqueira, no Espaço Cultural, com regência do maestro Gustavo de Paco de Gea, e participação do violoncelista Fernando Trigueiro, como solista. A entrada é gratuita.
O maestro explicou que, sendo o primeiro dia da Semana Santa, na quinta-feira, ele queria mostrar uma obra com caráter sacro. “A ideia que eu tive foi de fazer ‘Ave Maria’, de Astor Piazzolla, que é uma obra do século XX. E nós temos aqui a oportunidade de fazer e executar o arranjo feito por minha mãe, Norma Romano. Então isso provoca muita alegria, não só em mim, começar a temporada com arranjo da minha própria mãe, mas também muitos músicos jovens que estão na orquestra e que começaram com Dona Norma, na orquestra infantil”, observou.
Depois da “Ave Maria”, a orquestra vai executar “Peer Gynt – Suíte nº 1”, do compositor norueguês Edvard Grieg, com quatro movimentos: Morning, The Death of Ase, Anitra’s Dance, e In the Hall of the Mountain King. Este primeiro concerto da temporada será encerrado com quatro movimentos da “Sinfonia nº 1”, do alemão Johannes Brahms.
“Aqui estamos iniciando uma nova temporada com a Orquestra Sinfônica da Paraíba, com muita propriedade, depois de ter feito um ano de aprendizado maravilhoso, em todos os sentidos musicais e administrativos, e agora com a possibilidade de termos grandes solistas instrumentais, ao longo do ano, de caráter nacional. Então, temos uma programação muito variada”, disse o maestro Gustavo de Paco de Gea.
“A parte de solista da obra de Piazzolla vai ser executada por violoncelo, e o arranjo foi feito para essa finalidade, solo do violoncelo com a orquestra. Nosso solista vai ser Fernando Trigueiro”, explicou.
O maestro falou das outras obras deste concerto. “A segunda obra do programa é a ‘Suíte nº 1- Peer Gynt’, do autor norueguês Edvard Grieg. Foi uma obra de teatro escrita por um famoso novelista norueguês também, Henrik Ibsen, obra de 1876. Existem duas suítes escritas em cima dessa obra. Nós vamos executar a número um, que retrata a história de Peer Gynt, um rapaz norueguês do campo, cheio de sentimentalismo, ideologia e imaginação”.
Para encerrar o concerto, a orquestra vai executar a obra principal do programa, que é a 1ª Sinfonia de Brahms. “Depois de acontecer, na Europa, a 9ª Sinfonia de Beethoven, essa obra tão genial, acreditou-se que se chegou a perfeição e que ninguém mais poderia escrever música nesse nível. Ninguém mais fez sinfonias durante vários anos, até que Brahms, um continuador da obra de Beethoven, decidiu compor uma sinfonia e só apresentou quando estava certo de que era uma grande obra. Então, essa primeira Sinfonia de Brahms é considerada como se fosse a continuação da 9ª Sinfonia de Beethoven. É uma grande obra sinfônica e eu espero que o público goste, porque vale a pena escutar”, finalizou o maestro.