A Assembleia Legislativa da Paraíba realizou, ontem, solenidade de encerramento da Campanha “Março Mulher – Rompa o Ciclo de Violência”, que tem o objetivo de alertar a sociedade e contribuir para o enfrentamento dos altos índices de feminicídio no Estado. O evento contou com a palestra da desembargadora Maria de Fátima Moraes Bezerra Cavalcanti Maranhão sobre “A Participação Feminina na política e os paradigmas da cota de gênero no processo eleitoral”.
A solenidade foi presidida pelo deputado Adriano Galdino, presidente da Assembleia, e contou com a presença das deputadas Camila Toscano, Dra. Paula, Leonice Lopes e Sílvia Benjamin, assim como dos deputados Caio Roberto, Ramonilson, João Gonçalves, Tovar Correia Lima e Tião Gomes. O presidente Adriano Galdino avaliou que a palestra sobre a participação da mulher na política, ministrada pela desembargadora Fátima Maranhão, foi muito representativa para a Casa de Epitácio Pessoa pelo fato da magistrada ter conquistado um espaço importante em sua carreira, mesmo com os inúmeros obstáculos que as mulheres precisam enfrentar diariamente.
– A palestra, que encerra esta programação, tem como foco jogar luzes às causas femininas, especialmente em política. Revela o compromisso que a Assembleia tem para com as causas das mulheres – enfatizou, mencionando inúmeras leis que têm sido aprovadas no plenário do Poder, bem como outras iniciativas para dar às mulheres o tratamento que elas merecem no âmbito da sociedade paraibana. A desembargadora Fátima Maranhão chamou a atenção do eleitorado brasileiro, em sua maioria formado por mulheres, lembrando que, apesar de tudo, na política, as mulheres são minoria. “Embora a mulher seja o maior eleitorado do Brasil, nós percebemos que nos espaços de poder a mulher ocupa apenas 10%. Isto é inconcebível no mundo de hoje”, protestou.
Durante sua palestra, a desembargadora reforçou a importância das mulheres se posicionarem e ocuparem os espaços que são delas, por direito e por respeito. “Quando uma mulher se candidata e, sequer, vota em si mesma, mas recebe um voto de outra pessoa, é porque tinha capacidade de estar na disputa, prova que alguém confiou nela. E se alguma pessoa confia no seu nome, vá adiante, que vale a pena lutar, por uma causa, por um sonho, por um projeto ou por um ideal de vida coletiva”, afirmou.