O governador João Azevêdo lançou, hoje, em João Pessoa, o programa “Paraíba contra o Câncer”, prometendo que o número de hospitais incumbidos de prestar assistência oncológica no Estado será ampliado de quatro para 17. A Secretaria de Estado da Saúde revelou que 80% dos paraibanos, quando conseguem acesso ao tratamento, estão em estágio avançado da doença.
Por isso mesmo, a finalidade do programa é assegurar o diagnóstico e tratamentos precoces aos pacientes, perto de suas casas. Para tanto, os hospitais da rede estadual em todas as regionais de Saúde passarão a realizar atendimentos oncológicos e tratamento, desde a consulta com oncologista, hematologista, mastologista, por exemplo, à garantia de realização da biópsia em seu território.
A estimativa é de investimento de R$ 700 milhões e, somente em custeio, o governo do Estado avalia um investimento mensal de R$ 40 milhões. O governador João Azevêdo pontuou que o número de hospitais que atualmente oferece atendimento oncológico é insuficiente – ao todo, são quatro: Hospital Napoleão Laureano e São Vicente, em João Pessoa, Hospital da Fap, em Campina Grande, e Hospital do Bem, em Patos.
Ele salientou: “É um dia muito feliz para todos nós, em que mais uma vez apresentamos um projeto que será revolucionário na área da saúde, porque vamos enfrentar verdadeiramente, travar essa luta gigante contra o câncer. O governo decidiu investir maciçamente na infraestrutura física para que tenha PET-scam em todas as regiões, fazer radioterapia em todas as localidades e uma rede de hospitais em condições de fazer o diagnóstico, a coleta, a biópsia para identificar novos casos de câncer”.
O secretário de Saúde do Estado, Jhony Bezerra, avaliou que o programa atenderá a maior demanda reprimida e maior vazio assistencial do Estado, que é a oncologia. “O grande objetivo do programa é ampliar o acesso e fazer com que os paraibanos possam ter a condição de lutar contra o câncer, tendo o diagnóstico precoce para que ele possa fazer também o tratamento precoce e ter o prognóstico de cura de sua doença”, explicou. A partir da deflagração do programa, a SES já inicia o cadastramento dos pacientes e o credenciamento de clínicas particulares e hospitais filantrópicos, que poderão oferecer serviços com base na tabela do SUS.
Jhony Bezerra salientou que o objetivo é regionalizar o atendimento e encurtar distâncias, esclarecendo que a Central de Regulação estará monitorada para atender a essas demandas. O Hospital do Bem, em Patos, receberá um acelerador linear e um PET-scam, para ampliar a capacidade de diagnóstico e estadiamento. O vice-governador Lucas Ribeiro comentou que o programa vai organizar e ampliar o atendimento no combate ao câncer, em união com todos os hospitais filantrópicos.