O deputado estadual Adriano Galdino, do Republicanos, presidente da Assembleia Legislativa, admitiu, hoje, em entrevista à rádio Arapuan, que pode ser candidato ao governo na sucessão de João Azevêdo (PSB), em 2026, se houver consenso entre líderes da base de sustentação oficial. Ele afirmou que o vice-governador Lucas Ribeiro (PP), apesar de ser uma pessoa educada e de bom conceito, não empolga a classe política nem parcelas do eleitorado paraibano. Para ele, uma eventual candidatura de Lucas, caso assumisse a titularidade do governo com a desincompatibilização de João Azevêdo para concorrer ao Senado, seria uma candidatura “com riscos”, diferentemente da posição de sua mãe, a senadora Daniella Ribeiro (PSD), que teria amplas chances de reeleição.
Adriano reiterou que seu futuro político ainda está na dependência dos rumos que tomar a conjuntura na Paraíba, tanto nas eleições municipais deste ano como na preparação de chapas para as eleições majoritárias de 2026. Descartou, apenas, a hipótese de figurar numa chapa como postulante a vice-governador, mas afiançou que está preparado para encabeçar chapa ao governo ou, mesmo, disputar o Senado. No momento, conforme ele, o Republicanos trabalha com a pré-candidatura do deputado federal Hugo Motta, dirigente estadual da legenda, a uma vaga de senador, em dobradinha com o governador João Azevêdo. “Mas será preciso avaliar, no tempo oportuno, se o governador vai aceitar o desafio de concorrer ou não ao Senado”, acrescentou.
O deputado Adriano Galdino comentou o cenário para as eleições municipais deste ano em Campina Grande, afirmando que acredita numa candidatura do deputado federal e ex-prefeito Romero Rodrigues, do Podemos, novamente, a prefeito, “por uma questão de sobrevivência política”. Argumenta que se não assumir o desafio, Romero poderá ter queda substancial na votação a um novo mandato á Câmara Federal, com dificuldades, inclusive, para se reeleger. Adriano confirmou ter se empenhado, juntamente com seu irmão, o deputado federal Murilo Galdino, e com o deputado Hugo Motta, para uma filiação de Romero ao Republicanos, mas salienta que preferiu não insistir em face da ausência de sinais de interesse do parlamentar nessa direção. Opinou que, em caso de lançamento de candidatura de Romero a prefeito, em oposição ao grupo do atual prefeito Bruno Cunha Lima (União Brasil), o Republicanos teria prioridade para indicar o vice, já que é quem tem mais estimulado Rodrigues a encampar esse projeto.
O presidente da Assembleia Legislativa confirmou recentes declarações que lhe foram atribuídas, de que apesar do seu apoio para aprovação de matérias do interesse do governo João Azevêdo, não há reconhecimento efetivo da parte do chefe do Executivo. “Talvez seja do estilo dele, embora o governador saiba que todo político gosta de afagos”, analisou Adriano Galdino. Em seguida, observou que a Assembleia, na sua gestão, tem sido decisiva para manter a governabilidade do Estado e que tem feito, às vezes, o papel de líder do governo, por considerar a importância de projetos remetidos à Casa de Epitácio Pessoa. Frisou que, nem por isso, há qualquer choque ou desalinhamento de sua parte com o governo de João Azevêdo. Indagado sobre uma provável candidatura do secretário de Saúde do Estado, Jhony Bezerra, do PSB, a prefeito de Campina Grande, Galdino reafirmou: “O doutor jhony Bezerra é um excelente secretário de Saúde, talvez um dos melhores da história da Pasta no governo do Estado. Mas não tem votos para se eleger prefeito de Campina Grande e deveria levar isto em conta”.