O ato em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Rio de Janeiro, amanhã, terá a presença dos governadores Cláudio Castro (PL-RJ), Jorginho Mello (PL-SC) e Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e de ao menos nove senadores, conforme os organizadores do evento. Entre os senadores confirmados estão Flávio Bolsonaro, Magno Malta, Carlos Portinho, Izalci Lucas, Jorge Seif, Marcos Rogério, Rogério Marinho e Wilder Moraes.
Uma “vaquinha” foi organizada para financiar os gastos com o ato, que pretende defender Bolsonaro das acusações enfrentadas em processos que tramitam no Supremo Tribunal Federal. Articulada pelo deputado federal Sóstenes Cavalcante, do PL-RJ, a “vaquinha” levantou R$ 125 mil. Ao todo, 25 parlamentares doaram R$ 5.000 cada um para custear o aluguel dos trios elétricos e outras despesas. O ato está marcado para começar às 10h na praia de Copacabana. Dois trios elétricos serão usados, assim como ocorreu em São Paulo, em 25 de fevereiro. Um deles, com capacidade para 70 pessoas, será reservado a governadores, senadores e deputados federais. Outro, para cem pessoas, deve abrigar os demais participantes do evento.
Além da vaquinha, Sóstenes é responsável por fazer o contato com os políticos para o evento. Ele é do Rio e um dos integrantes da bancada evangélica no Congresso Nacional. Já o pastor Silas Malafaia, da Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo cuida do roteiro, ordem dos discursos e outros preparativos gerais, assim como ocorreu em fevereiro, na Avenida Paulista, em São Paulo. Somente em abril, Bolsonaro visitou 13 cidades nas regiões Centro-Oeste e Nordeste, incluídas João Pessoa e Cabedelo, na Paraíba. As viagens ocorreram por causa de eventos ligados ao Partido Liberal (PL), legenda da qual ele é presidente de honra e que paga um salário ao ex-presidente por isso.
O ato de agora ocorre em um momento com clima oposto ao de fevereiro. O evento na Avenida Paulista aconteceu logo após Bolsonaro dar seu depoimento à PF na investigação de uma suposta tentativa de golpe de Estado. Agora, o apoio de Elon Musk ao ex-presidente na cruzada contra o Supremo Tribunal Federal e as decisões do ministro Alexandre de Moraes dão força aos bolsonaristas. Em fevereiro, na Paulista, o ex-presidente negou tentativa de golpe e evitou fazer críticas ao STF. Já Malafaia insinuou que Lula (PT) sabia da invasão aos prédios dos Três Poderes em 8 de janeiro e disse que existe uma “engenharia do mal” para prender Bolsonaro. Em vídeo de convocação para o ato de amanhã, Bolsonaro afirma: “Vamos lá fazer essa manifestação que novamente servirá para uma fotografia para o mundo e para nós discutirmos o nosso Estado Democrático de Direito”. Silas Malafaia, por sua vez, afirmou em vídeo de convocação: “Nesse dia, nós vamos desmontar essa farsa de minuta do golpe, que é a maior fake news da história política do Brasil”.