Empresários e entidades ligadas ao comércio participaram da abertura da Feira de Negócios Viva o Centro, nesta quinta-feira (2), no Teatro do Sesc. O evento oferece a oportunidade de conhecer todos os incentivos fiscais oferecidos pelo Governo do Estado e pela Prefeitura de João Pessoa, informações de como acessá-los, possibilidade de iniciar os processos de adesão aos programas, e apresentação das ações de revitalização, habitação, mobilidade e segurança que estão sendo executadas a fim de movimentar o Centro Histórico da Capital.
Marconi Medeiros, presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo da Paraíba (Fecomércio), destacou a urgência em revitalizar o Centro: “Nós precisamos urgentemente dessa revitalização. O comércio está se mudando para Tambaú, para o Bessa e para o Valentina, devido à falta de estrutura nas antigas ruas da cidade”. Ele comentou que estão ocorrendo revitalizações em vários lugares do mundo, citando o Rio de Janeiro e Buenos Aires, que tentam fortalecer seus comércios na região do centro. Uma sugestão dada por Marconi foi a instalação de hotéis na localidade. “Este é o grande momento. Depois dos incentivos ficais oferecidos pelos poderes públicos, tenho certeza de que a área empresarial não perderá essa oportunidade de revitalização do Centro da nossa cidade”, asseverou.
Ressaltando a sensibilidade da Arquidiocese da Paraíba, o diretor geral da Fundação São Francisco, padre Marconi Menezes, que representava o arcebispo Dom Delson, enfatizou que as ações da instituição não se resumem à atividade religiosa, abrangem também a cultura e a arte. “Através do projeto ‘Caminhos da Fé’, apresentado pela Arquidiocese, realizamos um circuito de visitação no Centro Histórico, nos antigos conventos e igrejas coloniais. Com esse projeto, vimos a necessidade de restauração e manutenção desses edifícios, para que os turistas possam desfrutar deles restaurados e conservados. Temos uma marca, que são as apresentações de concertos musicais e de corais, além de exposições nas igrejas”.
O padre fez um apelo ao Governo do Estado pela volta da ‘Escola de Saberes’, que funcionava como oficina e garantia serviços de restauração dos monumentos por todo estado. “Estamos à disposição para cooperar com esse projeto e para garantir o Centro Histórico vivo. ‘Viva o Centro’”, finalizou.
Já Nivaldo Vilar, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de João Pessoa, expressou seu agradecimento à Prefeitura, ao Governo do Estado e à Câmara pela realização da Feira. “A CDL só tem a agradecer a esses órgãos, que estão nos ajudando ao realizar um evento para mostrar aos empresários os incentivos que estão sendo dados para que a gente traga movimentação para o Centro de João Pessoa. O que ainda mantém a nós, lojistas, no Centro de João Pessoa, é esse tipo de incentivo para trazer pessoas, consumidores. O resto a gente sabe fazer, que é atender bem, ter preço, ter produtos de qualidade”, afirmou.
O presidente do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis (Creci-PB), Ubirajara Marques, enfatizou: “Acho que temos muito a contribuir, até porque sabemos como é a estrutura do Centro da cidade. O Creci está na estrutura, na base, para conversar e dar ideias para que o Centro volte a ser o mais bonito do Nordeste”.
“Foram convidados alguns corretores que trabalham com a área central e corretores que trabalham com a área comercial”, contou o presidente do Creci, reforçando ainda que o conselho está à inteira disposição para atender as pessoas que queiram assistência sobre os imóveis da região.
Empresário atuante no Centro de João Pessoa há mais de 30 anos, Túlio Bezerra também comentou: “É uma ação muito importante, necessária neste momento, porque nos últimos anos houve um esvaziamento do Centro. De fato ficou muito ruim para os comerciantes locais e até para a população em si. Vale a pena ressaltar que tudo isso que está acontecendo é importante, mas o que o comerciante precisa é de fluxo. Então, quanto mais repartições estaduais, municipais, estiverem aqui, quanto mais linhas de ônibus descerem para o terminal, uma Casa da Cidadania, um call center, um posto de saúde, uma unidade médica, melhor. Tudo isso vai atrair gente, gente nova, fluxo, que é isso que o Centro precisa. O empresário precisa de fluxo. A gente recebeu incentivo do IPTU, isso é ótimo e a gente agradece, mas com fluxo fica mais fácil de resolver as coisas”.
Rebeca Neto