A deputada estadual Camila Toscano (PSDB) defendeu hoje, Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna e Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher, que o governo do Estado tire do papel o plano de enfrentamento para evitar as mortes maternas.
Ela citou dados do Painel do Monitoramento da Mortalidade Materna indicando que este ano nove mulheres morreram na Paraíba, seja por complicações com a gravidez, parto ou puerpério. As ocorrências foram registradas em João Pessoa, Campina Grande, Itaporanga e Patos. Em 2023, o número de mortes chegou a 29.
“É preciso que o governo do Estado tenha um olhar mais sensível para essa causa de morte de mulheres, antes, durante ou depois do parto. É essencial fortalecer a atenção à saúde materno-infantil em toda a Paraíba para que tenhamos um detalhamento das causas das mortes em cada região. A partir disso, montar um plano de enfrentamento para cada localidade. Essas são mortes evitáveis”, enfatizou Camila.
De acordo com a Comissão de Mortalidade Materna da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, entre as principais causas das mortes estão pré-eclâmpsia, hemorragia, infecções e abortos provocados. No entanto, o que mais chama a atenção, segundo o próprio Ministério da Saúde, é que cerca de 92% dessas mortes são consideradas evitáveis. Na Paraíba, no últimos cinco anos, os números das mortes maternas se mantiveram altos, apesar de uma queda no ano de 2022 e 2023. Em 2020 foram registradas no Estado 54 mortes, passando para 72 em 2021, para 23 em 2022, para 29 em 2023 e até maio deste ano 9 mortes de paraibanas.