A jornalista e ex-primeira-dama do Estado da Paraíba, Pâmela Bório, que foi casada com o ex-governador Ricardo Coutinho (PT), com quem teve um filho, foi denunciada ao Supremo Tribunal Federal pela Procuradoria-Geral da República por participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro em Brasília que resultaram em invasão e depredação das sedes dos Três Poderes. Pâmela fez provas contra si mesma ao exibir-se em vídeos e fotos no Congresso Nacional por ocasião das manifestações que irromperam na Capital Federal. Na oportunidade, ela declarou que estava se posicionando “pela democracia”.
Pâmela Bório foi denunciada por crimes de associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Ela agiu como uma das militantes do grupo de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em protesto contra o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e contra o Supremo Tribunal Federal. A denúncia contra a ex-primeira-dama foi subscrita pelo procurador-geral Paulo Gustavo Gonet e, de acordo com a PGR, a jornalista atuou em conjunto com demais manifestantes na invasão ao Palácio do Planalto, Congresso Nacional e STF.
O documento afirma que há provas suficientes da participação de Pâmela Bório nos atos violentos de oito de janeiro de 2023 e que “a denunciada permaneceu unida subjetivamente aos integrantes do grupo e participou da ação criminosa que invadiu as sedes do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, quebrando vidros, cadeiras, painéis, mesas, móveis históricos e outros bens que ali estavam”. A identificação de Pâmela foi possível a partir de notícia-crime apresentada pelo PSOL, que encaminhou capturas de tela de publicações temporárias (Stories) publicadas no dia do ato, inclusive em área restrita do Congresso Nacional.