O deputado federal Leonardo Gadelha (Podemos) está buscando alternativas para tentar solucionar as dificuldades enfrentadas por agricultores paraibanos. O parlamentar participou de reuniões na Agência Nacional de Águas e na Secretaria Nacional de Irrigação, na tentativa de conseguir a liberação das águas para atender os trabalhadores do Perímetro Irrigado de São Gonçalo, na cidade de Sousa.
A suspensão do abastecimento por parte do Departamento Nacional de Obras contra as Secas está colocando em risco a produção agrícola na região, lamentou Leonardo. “Há uma cota de água reservada para o perímetro e este ano a cota não foi liberada. A água se perdeu em face de uma inércia do Dnocs, que não promoveu as ações de manutenção do açude de Engenheiro Ávidos, em Cajazeiras, no tempo adequado. Os agricultores, principalmente aqueles que tratam com a cultura do arroz, precisam de água em caráter urgente e ninguém está fazendo essa liberação”.
O deputado ressaltou que representantes da ANA e da Secretaria de Irrigação admitem que os agricultores foram prejudicados, mas até o momento ninguém assumiu a responsabilidade. “Todos admitem que é de direito dos agricultores receberem as águas. O problema é que ela não está sendo liberada, sob o argumento de que tem que se fazer um manejo adequado. Isto é até compreensível, porque realmente é necessário fazer esse manejo, porém, os trabalhadores precisam de uma solução e o fato é que essas águas podem ser repostas”, acrescentou.
Leonardo revelou que também vai procurar o Dnocs nos próximos dias para tentar encontrar uma alternativa emergencial para o problema. “No próximo dia primeiro eu vou pessoalmente ao Dnocs, em Fortaleza, para solicitar a liberação dessa água. Quem deu causa ao problema não foram os agricultores. Eles não podem continuar sendo penalizados por conta dessa decisão”, concluiu. O Perímetro Irrigado de Sousa é abastecido pelo açude de São Gonçalo, que por sua vez recebe água do açude de Engenheiro Ávidos, localizado em Cajazeiras. Engenheiro Ávidos passou a ser beneficiado pelas obras da transposição do Rio São Francisco, mas o Dnocs não promoveu ações de manutenção no manancial no tempo adequado. Por conta disso, houve um problema na estrutura, perdeu-se a água e por isso precisou ser feita uma ação emergencial, que acabou provocando todos esses transtornos.