O deputado paraibano Hugo Motta, líder do Republicanos na Câmara Federal e pré-candidato à presidência da Casa em fevereiro de 2025, admite que ainda enfrenta resistência de dois deputados baianos que cogitam a vaga – Elmar Nascimento, do União Brasil, e Antonio Brito, do PSD, mas acredita que de sua parte tem avançado nas articulações para conseguir maior apoio dos parlamentares. A expectativa de Hugo Motta é de se reunir com todos os 512 deputados para conseguir o maior número de votos.
O vice-presidente da Casa e presidente do Republicanos, Marcos Pereira (SP) deixou a corrida pela presidência da Câmara e declarou apoio ao correligionário Hugo Motta. O nome do paraibano tem sido cotado como favorito por alguns deputados e ele já esteve com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Conforme as versões, Bolsonaro já teria avisado à base da oposição na Câmara dos Deputados que apoiará Hugo Motta. O atual presidente, Arthur Lira, do PP-AL, tem simpatia por Motta mas não formalizou o seu apoio, ainda. Ele está sendo criticado por Elmar Nascimento, que se julgou “traído”, uma vez que era tido como o candidato da preferência do atual mandatário da Câmara.
A expectativa é que Hugo Motta respeite a proporcionalidade dos partidos para compor a mesa da Câmara e comissões, mas não é descartada a possibilidade de certas concessões para partidos e bancadas. Elmar Nascimento era tido como o principal candidato para garantir o apoio de Bolsonaro, uma vez que o ex-presidente tem desafetos como o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab. Depois da indicação de aval à candidatura do líder do Republicanos, Elmar ainda tentou um encontro com Bolsonaro para garantir apoio mas não conseguiu resposta do ex-presidente.
Hugo Motta não é uma unanimidade dentro do PL, visto que é tido como “governista” por alguns parlamentares, mas está acenando com compensações para a bancada do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.
