O primeiro debate do segundo turno entre candidatos a prefeito de João Pessoa ocorreu ontem à noite, reunindo Cícero Lucena (PP) que concorre à reeleição e o médico Marcelo Queiroga, candidato do PL, que fez este ano sua estreia na política. Apresentado pela TV Arapuan/Band e mediado pelo jornalista Luís Tôrres, o debate foi pontuado por ataques constantes do ex-ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, contra o prefeito Cícero Lucena, familiares seus e auxiliares da atual administração municipal. No contraponto, o prefeito Cícero Lucena cobrou de Queiroga propostas mais concretas para os problemas enfrentados pela Capital paraibana, voltou a dizer que ele não conhece a realidade local e insinuou que o bolsonarista tenta apenas tumultuar o processo eleitoral e desrespeitar os eleitores pessoenses.
Repetindo formato adotado em debates promovidos no primeiro turno com a participação de vários postulantes, a emissora abriu espaço para confrontos diretos em que os dois expoentes do segundo turno comentavam temas importantes misturados com acusações pessoais. Marcelo Queiroga abordou novamente operações policiais e judiciárias envolvendo familiares do prefeito e pediu explicações sobre supostas ligações da administração atual com facções do crime organizado em João Pessoa. Cícero qualificou de infundadas as denúncias e garantiu que sua gestão pratica a transparência nos atos e responsabilidades sobre programas e ações de interesse público.
O ex-ministro da Saúde de Bolsonaro chegou a insinuar, à certa altura, que o tempo de permanência de Cícero na prefeitura de João Pessoa terminou, assegurando que a partir de janeiro de 2025 ele e o candidato a vice, pastor Sérgio Queiroz, vão administrar a cidade e imprimir uma nova dinâmica administrativa. O candidato do PL anunciou para quinta-feira a vinda a João Pessoa do ex-presidente Jair Bolsonaro para um evento grandioso de apoio à sua candidatura. A presença de Bolsonaro é aguardada desde o primeiro turno, mas apenas a primeira-dama Michelle esteve em João Pessoa na reta final da campanha para uma agenda sem maior repercussão. O ex-ministro avalia que sua presença no segundo turno “demonstra a força do bolsonarismo e a influência da liderança do presidente Jair Bolsonaro em João Pessoa”. Os dois candidatos combinaram que iriam apenas a três debates neste segundo turno, já que pretendem investir maciçamente na mobilização de rua para atrair votos dos indecisos para o pleito do dia 27.