O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL tem desembarque previsto para o meio dia de hoje no aeroporto Castro Pinto para cumprir agenda de apoio à candidatura do seu ex-ministro da Saúde, Marcelo Queiroga (PL), a prefeito de João Pessoa. Está prevista uma carreata que percorrerá diversos bairros e logradouros públicos da Capital paraibana. Toda a mobilização foi intensificada nos últimos dias pelo “staff” da campanha de Queiroga e do seu vice, o pastor Sérgio Queiroz. Ambos enfrentam o segundo turno contra a chapa de Cícero Lucena-PP e Leo Bezerra, do PSB, vitoriosa no primeiro turno com ampla vantagem sobre os concorrentes.
Marcelo Queiroga, em seu Guia Eleitoral e em mensagens nas redes sociais, tem conclamado os apoiadores do ex-presidente da República para manifestações que, a seu ver, poderão produzir uma virada nas intenções de voto do eleitorado da Capital paraibana. No primeiro turno, Bolsonaro ficou impossibilitado de comparecer, devido a compromissos em outras Capitais mais relevantes para o projeto do PL. Na semana da eleição, todavia, sua mulher, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, veio a João Pessoa para cumprir uma agenda restrita com Marcelo Queiroga e seu vice.
Queiroga passou para o segundo turno no pleito de João Pessoa com uma votação expressiva (90.840 votos), mas pequena se comparada com os 205.122 votos atribuídos a Cícero Lucena, que concorre à reeleição com o apoio do governador João Azevêdo (PSB) e de outros líderes políticos. O ex-ministro da Saúde, numa estratégia para polarizar a disputa, apresenta-se como candidato da direita conservadora em contraposição ao adversário, que tem partidos de esquerda na sua base. Marcelo Queiroga conseguiu o apoio do ex-candidato e deputado federal Ruy Carneiro, do Podemos, que ficou em terceiro lugar na disputa em João Pessoa.
Ontem, o ex-presidente Jair Bolsonaro declarou que será candidato à Presidência da República em 2026. A fala foi feita após o presidente do seu partido, Valdemar da Costa Neto, afirmar que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas., do Republicanos, é “o número um da fila” para apoiar no pleito presidencial caso o ex-presidente não concorra. Bolsonaro está inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral, enfrentando duas condenações, uma por prática de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante reunião do presidente com embaixadores estrangeiros em julho de 2022 e outra pelos mesmos motivos, por promover sua campanha à reeleição no Sete de Setembro em um evento de Estado.