Na entrevista coletiva, ontem, em João Pessoa, onde veio pedir apoio para o candidato a prefeito Marcelo Queiroga, do PL, o ex-presidente Jair Bolsonaro criticou a sua condenação por inelegibilidade e afirmou que o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva não tem coragem de enfrentá-lo nas urnas. Ao mesmo tempo, declarou-se confiante na reversão da inelegibilidade e no consequente registro de uma candidatura sua novamente à Presidência da República em 2026.
– Foi um julgamento político para atender os interesses do presidente do plantão, porque ele não tem coragem de concorrer comigo e não tem nada para apresentar à população – afirmou.
E mais: “Os caras ficam envenenando a população como se eu fosse o maior bandido do mundo. Não é que não acharam nada, não vão achar nada, muito menos golpe. O outro lado saiu da cadeia para a presidência, algo aconteceu de esquisito”.
Bolsonaro minimizou as divergências com o pastor Silas Malafaia, que o chamou de covarde por causa do resultado das eleições em São Paulo. Afirmou que já tinha se acertado com ele e declarou que no atrito entre os dois só quem perde é o eleitorado conservador. “Troquei mensagem pelo whatsapp e voltei a falar com ele duas vezes por telefone. Dei por encerrado o assunto. E qualquer atrito entre nós, quem perde é a oposição de direita, do conservador, só aqueles pessoas que querem, de fato, mudar o destino do Brasil”, pontuou.
Jair Bolsonaro projetou o nome da sua esposa, Michelle, para o Senado, concorrendo a eleições no Distrito Federal em 2026 e, assim, descartando-a como opção de candidatura à Presidência da República. O ex-presidente admitiu que a decisão final do PL sobre apoio a candidato a presidente da Câmara dos Deputados será sua. Revelou que tem simpatia muito grande pelo atual presidente Arthur Lira, do PP-AL, que o ajudou quando precisou zerar os impostos federais. “Tenho dívida de gratidão com o Lira, que foi direto e objetivo enquanto presidente da Câmara”, acrescentou.