A semana se encerrou em Brasília com o senador Davi Alcolumbre, do União Brasil do Amapá, mantendo-se como favorito nas eleições à presidência do Senado Federal em fevereiro de 2025. A três meses do pleito, idêntica situação confortável é experimentada pelo deputado federal paraibano Hugo Motta, do Republicanos, como candidato à presidência da Câmara. O parlamentar ampliou sua vantagem no páreo, ao confirmar apoios de parlamentares do PL e do PT, que são extremos na polarização ideológica nacional.
Com menos obstáculos, e costuras políticas desenhadas, Motta e Alcolumbre caminham para comandar o Legislativo pelos próximos dois anos. Eles têm em comum o apoio dos presidentes atuais da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), respectivamente. Lira fez uma declaração pública em favor de Motta na terça-feira, enquanto Pacheco já sinalizava desde a reeleição no comando do Senado que apoiaria Alcolumbre, que o fez presidente em 2021. Hugo Motta já conta com o apoio formal de oito dos 20 partidos da Câmara. Com exceção do PSD, que por enquanto mantém seu candidato, Antonio Brito (BA) e de alguns deputados do União Brasil que ainda apostam fichas na candidatura de Elmar Nascimento, embora a cúpula presidida por Antonio Rueda tenha manifestado preferência por Motta.
A avaliação interna no União Brasil é que um partido com 59 deputados não pode ficar sem espaço de destaque dentro da Câmara dos Deputados. Na eleição da Mesa Diretora é levado em consideração o tamanho do bloco do candidato vitorioso e os cargos são distribuídos conforme o tamanho dos partidos. Na prática, quanto maior um partido, melhor o cargo que ele vai ocupar caso o candidato que a legenda apoie vença o pleito. A campanha de Motta também leva em consideração a ordem de adesão ao candidato.