O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump e seu companheiro de chapa, J. D. Vance discursaram para apoiadores em Mar-a-Lago, na Flórida, nesta quarta-feira, já se declarando como vitoriosos nas eleições presidenciais, mesmo faltando três delegados para o republicano ser oficialmente eleito. “Teremos a era de ouro dos Estados Unidos, que nos permitirá tornar a América grande novamente”, disse Trump após liderar as apurações e derrotar a candidata Kamalla Harris, do Partido Democrata, que foi apoiada pelo presidente Joe Biden, que desistiu de concorrer à reeleição. Líderes mundiais começaram a parabenizar Donald Trump pela sua volta à Casa Branca, depois de ter perdido o pleito para Joe Biden.
Após agradecer a todo o público pelo apoio e pelos votos, Trump, ao lado da esposa, Melania, ressaltou que “esse foi o maior movimento político nunca antes visto na história desse país”. E acrescentou: “Vamos ajudar o nosso país a se recuperar, vamos resolver as nossas fronteiras e todos os outros problemas dos Estados Unidos. Superamos obstáculos que não achavam possível e olha só o que aconteceu… Não é uma loucura? Mas é uma vitória política nunca antes vista no nosso país”. Ele prometeu lutar por toda a América e repetiu seu bordão: “Para todos os cidadãos, lutarei por você, por sua família, com cada fibra do meu corpo, até que tenhamos a América que queremos, teremos a era de ouro dos Estados Unidos, que nos permitirá tornar a América grande novamente”.
Vance não foi esquecido. “Quero ser o primeiro a dar os parabéns para o nosso vice-presidente eleito dos Estados Unidos, J. D. Vance, e a sua maravilhosa esposa, e esse cara é demais. Ir para o campo do inimigo, ir para uma certa rede, mas ele chega lá e acaba com todos eles”. Trump disse mais: “Queremos segurança, fronteiras, educação, forças militares fortes e resilientes, mas sem ter que usá-las. Derrotamos o Estado Islâmico e não tivemos guerras, eu vou acabar com guerras. Vamos garantir um futuro maravilhoso para o nosso povo. Muitas pessoas me disseram que Deus poupou a minha vida por um motivo: salvar o nosso país e restaurar a grandeza dos EUA. Vamos cumprir essa missão juntos, vamos trazer toda a força que nós temos para cumprir essa tarefa que me foi confiada. Assim como fizemos no primeiro mandato, cumpriremos a nossa promessa sobre a América”. Frisou ainda que o resultado eleitoral, reforçado pela vitória na Pensilvânia, lhe dá um mandato poderoso.
Após quatro anos, os republicanos retomaram a maioria no Senado dos Estados Unidos, conseguindo chegar a 51 cadeiras ocupadas pela primeira vez em quatro anos. Os republicanos já possuíam 38 cadeiras, que não estavam em disputa. Com as 13 conquistadas, chegam à maioria dos 100 representantes. Já o Partido Democrata tem, no momento, 41 cadeiras ocupadas. Eles já possuíam 28 representantes no Senado. O cenário é menos claro na Câmara dos Deputados, onde os republicanos detêm uma estreita maioria de 220 a 212 votos, do que no Senado. Os analistas dizem que os democratas poderiam facilmente conquistar cadeiras suficientes para ganhar o controle da Câmara, embora não haja sinais de uma “onda” semelhante à de 2018 ou de 2010, que resultaria em uma mudança decisiva do poder.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no Brasil, está reagindo com cautela às informações sobre a vitória de Donald Trump, depois que o mandatário havia anunciado sua preferência pela candidata democrata Kamala Harris. Mas outros líderes internacionais já começaram a parabenizar publicamente Donald Trump pela vitória projetada pela imprensa norte-americana na disputa pela Casa Branca. O presidente da França, Emmanuel Macron, falou em trabalhar junto com o republicano. “Pronto para trabalharmos juntos como fizemos por quatro anos. Com suas convicções e as minhas. Com respeito e ambição. Por mais paz e prosperidade”. Benjamin Nethanyahu, primeiro-ministro de Israel, reforçou o discurso de Trump sobre “o maior retorno da história”. Ele afirmou: “Seu retorno histórico à Casa Branca oferece um novo começo para a América e um poderoso compromisso com a grande aliança entre Israel e a América”.