Nos últimos dias, postagens nas redes sociais têm espalhado informações incorretas sobre os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli e Gilmar Mendes. Elas alegam que ambos não possuem formação em Direito, o que é falso.
Dias Toffoli é bacharel em Direito pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, da Universidade de São Paulo (USP), onde se formou em 1990. Já Gilmar Mendes, o ministro mais antigo do STF, é formado em Direito pela Universidade de Brasília (UnB) desde 1978 e possui Mestrado e Doutorado pela UnB e pela Universidade de Münster, na Alemanha.
Outra inverdade que circula é de que os ministros nunca tiveram a carteira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Ambos possuíram o registro antes de assumirem as funções no STF e solicitaram a suspensão da carteira apenas ao tomar posse como ministros. A inscrição de Toffoli, por exemplo, pode ser consultada no Cadastro Nacional do Advogado, onde consta como cancelada.
Toffoli também exerceu a advocacia em São Paulo e Brasília entre 1991 e 1995 e entre 2005 e 2007, períodos em que seu registro na OAB estava ativo. Ele é, ainda, professor de Direito Constitucional na Escola da Magistratura do Distrito Federal e no UniCeub, em Brasília.
Gilmar Mendes, antes de ingressar no STF, atuou como procurador da República, tendo sido aprovado por concurso público. Também ocupou cargos de relevância na administração pública, como consultor jurídico da Presidência da República e advogado-geral da União entre 2000 e 2002. Na academia, Mendes é professor aposentado da Faculdade de Direito da UnB e leciona no Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP) desde 1998.
O STF ressalta a importância de não compartilhar informações de fontes não confiáveis ou teorias alarmistas. A Corte, quando necessário, publica esclarecimentos para combater a disseminação de notícias falsas e conscientizar a sociedade sobre o papel de cada um na manutenção de um ambiente informativo responsável.